FATOS SOBRE
ISRAEL
MINISTÉRIO
DAS RELAÇÕES EXTERIORES DE ISRAEL
Coordenado
por: Quality Translations (QT)
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gráfico: Tsofit Tsachi
Impresso por:
Impressora do Governo de Israel
Estatísticas: Escritório Central de
Estatística (exceto quando especificado)
Jerusalém, Israel 2010
É possível
obter cópias nas missões diplomáticas de Israel ou na Internet: www.mfa.gov.il
HISTÓRIA
A Terra de Israel (Eretz Yisrael) é o berço do povo judeu. Uma
parte importante da longa história do
país se passou lá, com dois mil anos sendo registrados na Bíblia; lá, sua
identidade cultural, religiosa e
nacional foi formada, e sua presença física foi mantida através dos
séculos, mesmo após a maioria do povo
ter sido exilada. Durante o longo período de dispersão, o povo judeu nunca cortou nem esqueceu sua conexão
com a Terra. Após o estabelecimento do
Estado de Israel em 1948, a independência judaica, perdida dois mil anos
antes, foi renovada.
Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos, geração
por geração... (Deuteronômio 32:7)
TEMPOS
BÍBLICOS
Moisés, de
Michelangelo • San Pietro em Vincoli, Roma
Patriarcas
A história judaica começou há cerca de quatro mil anos (cerca do
século XVII AEC) com os patriarcas:
Abraão, seu filho Isaac e seu neto Jacó. Documentos encontrados na
Mesopotâmia, datados de 2000 a 1500 AEC,
confirmam aspectos de sua vida nômade, tal como descrito na Bíblia. O livro do Gênesis relata que Abraão
foi chamado de Ur dos Caldeus para Canaã, para
formar um povo com a crença no Deus Único. Quando a terra de Canaã foi
assolada pela fome, Jacó (Israel), seus
12 filhos e suas famílias foram para o Egito, onde seus descendentes foram escravizados.
Êxodo e
assentamento
Depois de 400 anos de escravidão, os israelitas foram libertados
por Moisés, que, segundo a narrativa
bíblica, foi escolhido por Deus para tirar seu povo do Egito e levá-los
novamente à Terra de Israel, prometida a
seus antepassados (cerca dos séculos XIII e XII AEC). Durante 40 anos, eles percorreram o deserto do Sinai,
onde formaram uma nação e receberam a Torá
(Pentateuco), que incluía os Dez Mandamentos e deu forma e
conteúdo à sua fé monoteísta. O êxodo do
Egito (cerca de 1300 AEC) deixou uma marca indelével na memória nacional do
povo judeu e tornou-se um símbolo
universal de liberdade e independência. Todo ano, os judeus celebram a Pessach (Páscoa), o Shavuot
(Pentecostes) e o Sucot (Festa dos Tabernáculos), relembrando os eventos ocorridos naquela
época.
Durante os dois séculos seguintes, os israelitas conquistaram a
maior parte da Terra de Israel e
tornaram-se agricultores e artesãos; em seguida, veio a consolidação
econômica e social. Durante períodos alternados
de paz e guerra, o povo se uniu, representado por líderes conhecidos como juízes, escolhidos por suas
capacidades políticas, militares e de liderança. A fraqueza inerente a essa organização tribal
diante da ameaça representada pelos filisteus
(povo marítimo da Ásia Menor estabelecido na costa do Mediterrâneo)
gerou a necessidade de um governante
permanente para unir as tribos, com sucessão por herança.
"O Senhor te
abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e
tenha misericórdia de ti; o Senhor
levante o seu rosto sobre ti e te dê a paz." (Números 6:24-26)
Museu de
Israel, em Jerusalém
Profetas: Sábios religiosos e figuras
carismáticas, que o povo considerava dotados de um dom divino de revelação; pregaram durante o
período da monarquia até um século após a
destruição de Jerusalém (586 AEC). Seja como conselheiros dos reis sobre
religião, ética e política, ou como seus
críticos de acordo com a prioridade da relação entre o indivíduo e Deus, os profetas eram guiados pela necessidade de
justiça e emitiam poderosos comentários sobre
a moralidade da vida nacional judaica. Suas revelações estão registradas
em livros de prosa e poesia inspiradas,
dos quais muitos foram incorporados à Bíblia.
O apelo universal e eterno dos profetas
resulta de sua procura por uma análise fundamental dos valores humanos. Palavras como as de
Isaías (1:17) (aprender a fazer o bem, dedicar-se à justiça; ajudar o injustiçado, defender os
direitos dos órfãos; defender a causa da viúva)
continuam a alimentar a necessidade da humanidade por justiça
social.
Monarquia
O primeiro rei, Saul (cerca de 1020 AEC), governou durante o
período entre a organização tribal e o
estabelecimento de uma monarquia plena com seu sucessor, Davi.
O rei Davi (cerca de 1004 a 965 AEC) estabeleceu seu reino como
uma grande potência na região através de
expedições militares bem sucedidas, incluindo a derrota final dos filisteus,
e através de uma rede de alianças
amistosas com reinos vizinhos. Consequentemente, sua autoridade era reconhecida desde as
fronteiras do Egito e do Mar Vermelho até as margens do Eufrates. Em sua terra natal, ele uniu as 12
tribos israelitas em um só reino e estabeleceu sua capital, Jerusalém, e a monarquia no centro
da vida nacional do país. A tradição bíblica
descreve Davi como poeta e músico, com versos atribuídos a ele incluídos
no Livro dos Salmos.
Davi foi sucedido por seu filho Salomão (cerca de 965 a 930 AEC),
que fortaleceu o reino. Através de
tratados com os reis vizinhos, reforçados por casamentos políticos,
Salomão garantiu a paz para seu reino,
igualando-o às grandes potências da época. Ele expandiu o comércio exterior e promoveu a prosperidade
nacional, desenvolvendo grandes
empreendimentos, tais como a mineração do cobre e a fundição de metais;
enquanto isso, construía novas vilas e
fortalecia as vilas antigas, de importância estratégica e econômica. O auge de suas realizações foi a construção do
Templo em Jerusalém, que se tornou o centro da
vida nacional e religiosa do povo judeu. A Bíblia atribui a Salomão o
Livro dos Provérbios e o Cântico dos
Cânticos.
Monarquia
dividida
O fim do reinado de Salomão foi marcado por descontentamento por
parte da população, que teve que pagar
muito por seus ambiciosos planos. Ao mesmo tempo, o tratamento preferencial a sua própria tribo irritava as
outras, resultando em um crescente antagonismo
entre a monarquia e os separatistas tribais. Após a morte de Salomão
(930 AEC), uma insurreição aberta levou
ao rompimento das dez tribos do norte e à divisão do país em um reino do norte, Israel, e um reino do sul,
Judá — este último no território das tribos de Judá e Benjamin.
O Reino de Israel, com sua capital Samaria, durou mais de 200 anos
com 19 reis, enquanto o Reino de Judá
foi governado a partir de Jerusalém durante 400 anos pelo mesmo número de reis, da linhagem de Davi. A expansão dos
impérios assírio e babilônio causou a dominação de Israel e, depois, de Judá. O Reino de Israel
foi destruído pelos assírios (722 AEC) e seu povo foi levado ao exílio e ao esquecimento. Mais de
cem anos depois, a Babilônia conquistou o Reino
de Judá, exilando a maioria de seus habitantes e destruindo Jerusalém e
o Templo (586 AEC).
Primeiro
exílio (586 a 538 AEC)
A conquista
da Babilônia pôs fim ao período do Primeiro Templo, mas não cortou a conexão do povo judeu à Terra de Israel. Às margens dos
rios da Babilônia, os judeus se comprometeram a
recordarem sua pátria: Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se
minha mão direita de
sua destreza. Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar
de ti, se eu não preferir Jerusalém à
minha maior alegria (Salmos 137:5-6).
O exílio na Babilônia, que se seguiu à destruição do Primeiro
Templo (586 AEC), marcou o início da
diáspora judaica. Lá, o judaísmo começou a desenvolver uma estrutura religiosa
e um modo de vida fora da Terra, para
assegurar a sobrevivência nacional do povo e sua identidade espiritual, imbuindo-a com a vitalidade
necessária para preservar seu futuro como nação.
Nos rios da
Babilônia, por E.M. Lilien
PERÍODO DO
SEGUNDO TEMPO: O RETORNO A SIÃO
Assuero-Xerxes, um dos grandes reis persas, retratado em relevo
nas paredes de um palácio em
Persépolis
Períodos
persa e helenístico (538 a 142 AEC)
Após um decreto do rei persa Ciro, conquistador do império
babilônico (538 AEC), cerca de cinquenta
mil judeus partiram pela primeira vez em direção à Terra de Israel, liderados
por Zorobabel, descendente da Casa de
Davi. Menos de um século depois, o segundo retorno foi liderado por Esdras, o Escriba. Nos próximos
quatro séculos, os judeus tiveram diferentes
graus de autonomia sob governos persas (538 a 333 AEC) e helenísticos
(ptolemaico e selêucida) (332 a 142
AEC).
A repatriação dos judeus sob a inspirada liderança de Esdras, a
construção do Segundo Templo no local do
Primeiro Templo, a fortificação das muralhas de Jerusalém, e o estabelecimento
da Knesset Hagedolah (Grande
Assembleia), o supremo órgão religioso e judicial do povo judeu, marcaram o início do período do Segundo
Templo. Dentro dos limites do Império Persa, Judá era uma nação liderada pelo sumo sacerdote e
conselho de anciãos em Jerusalém.
Como parte do mundo antigo conquistado por Alexandre, o Grande, da
Grécia (332 AEC), a Terra continuou a
ser uma teocracia judaica, sob o domínio dos selêucidas, baseado nos
sírios. Quando a prática do judaísmo foi
proibida e seu Templo foi profanado, durante a imposição da cultura e costumes gregos a toda a população,
os judeus se rebelaram (166 AEC).
Dinastia dos
Asmoneus (142 a 63 AEC)
Primeiramente liderados por Matatias, da família sacerdotal dos
Asmoneus, e depois por seu filho Judá, o
Macabeu, os judeus entraram em Jerusalém e purificaram o Templo (164 AEC).
Os dois eventos são comemorados todo ano
pelo festival de Hanucá.
Após outras vitórias dos Asmoneus (147 AEC), os selêucidas
restauraram a autonomia da Judeia, como
a Terra de Israel era então chamada, e, com o colapso do reino selêucida
(129 AEC), a independência judaica foi
alcançada. Durante a dinastia dos Asmoneus, que durou aproximadamente 80 anos, o reino recuperou
fronteiras quase iguais às do reino de Salomão,
alcançou a consolidação política sob o governo judeu e a vida judaica
floresceu.
Massada: Cerca de mil homens, mulheres e
crianças judias, que tinham sobrevivido à
destruição de Jerusalém, ocuparam e fortificaram o palácio de Massada,
do rei Herodes, no topo de uma montanha
na região do Mar Morto, onde resistiram durante três anos a diversas tentativas romanas de desalojá-los. Quando os
romanos finalmente escalaram Massada e derrubaram suas paredes, eles descobriram que
os defensores e suas famílias haviam
escolhido morrer por suas próprias mãos, em vez de serem escravizados.
Menorá no
Arco de Tito, em Roma
História da
menorá
A Menorá de Ouro (um candelabro de sete braços), era um importante
objeto de rituais no templo do rei
Salomão, na antiga Jerusalém. Através dos tempos, tem simbolizado a herança
e tradição judaicas em inúmeros locais e
formas.
Menorá em uma
moeda dos Asmoneus, do século I AEC
(Patrimônio
Histórico de Israel)
Menorá em dois fragmentos de gesso do século I EC, encontrada no
Bairro Judeu de Jerusalém (Sociedade de
Exploração de Israel)
Menorá no piso de mosaico de uma sinagoga do século V ou VI , em
Jericó (Patrimônio Histórico de
Israel)
Menorá perto
do Knesset, por Benno Elkan
(Sala de
Imprensa do Governo (S.I.G.) / F. Cohen)
Halachá é o órgão de direito que orienta a
vida judaica em todo o mundo desde os tempos
pós-bíblicos. Ele descreve as obrigações religiosas dos judeus, tanto nas
relações interpessoais quanto nos
rituais, e engloba praticamente todos os aspectos do comportamento humano
— nascimento e casamento, alegria e
tristeza, agricultura e comércio, ética e teologia. Baseada na Bíblia, a autoridade do halachá é fundada
no Talmude, um corpo de leis e conhecimentos
populares judaicos (concluído em cerca de 400), que incorpora a Misná,
primeira compilação escrita da Lei Oral
(codificada em cerca de 210), e o Gemara, uma continuação da Misná. Para fornecer orientações práticas para o Halachá,
resumos concisos e sistemáticos foram escritos
por estudiosos de religião a partir dos séculos I e II. Dentre as
codificações de maior credibilidade está
o Shulchan Aruch, escrito por Joseph Caro em Safed (Tzfat), no século XVI.
Domínio
romano (63 AEC a 313 EC)
Quando os romanos substituíram os selêucidas, passando a ser a
grande potência da região, eles
concederam ao rei Asmoneu Hircano II uma autoridade limitada, subordinado
ao governador romano de Damasco. Os
judeus reagiram com hostilidade ao novo regime, e nos anos seguintes houve diversas insurreições.
Matatias Antígono fez uma última tentativa de
restaurar a antiga glória da dinastia dos Asmoneus; sua derrota e morte
finalizou o governo dos Asmoneus (40
AEC), e a Terra tornou-se uma província do Império Romano.
Em 37 AEC, Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado rei da Judéia
pelos romanos. Com autonomia quase
ilimitada sobre assuntos internos do país, ele tornou-se um dos mais poderosos monarcas no Império Romano oriental.
Grande admirador da cultura greco romana, Herodes lançou um enorme programa de
construções, que incluía as cidades de
Cesareia e Sebaste e as fortalezas em Heródio e Massada. Ele também
reformou o Templo, tornando-o uma das
mais magníficas construções da época. Mas apesar de suas realizações, Herodes não conseguiu ganhar a confiança e o
apoio de seus súditos judeus.
Dez anos após a morte de Herodes (4 AEC), a Judeia passou a ser
governada diretamente pelos romanos. A
opressão romana da vida judaica causou uma insatisfação crescente, resultando
em episódios violentos esporádicos que se transformaram em uma
grande revolta em 66 EC. Forças
superiores romanas, lideradas por Tito, acabaram vitoriosas, arrasando
Jerusalém totalmente (70 EC) e derrotando
até a última fortaleza judia em Massada (73 EC).
A total destruição de Jerusalém e do Segundo Templo foi
catastrófica para o povo judeu. De
acordo com o historiador contemporâneo Flávio Josefo, centenas de
milhares de judeus faleceram durante a tomada
de Jerusalém e no restante do país, e outros milhares foram vendidos como escravos.
Houve um último e breve período de soberania judaica após a
revolta de Shimon Bar Kochba (132 EC),
durante o qual Jerusalém e a Judeia foram reconquistadas. No entanto, dado
o enorme poder dos romanos, o resultado
era inevitável. Três anos depois, de acordo com os costumes romanos, Jerusalém foi "arada
com uma junta de bois"; a Judeia foi renomeada Palestina e Jerusalém, Aelia Capitolina.
Embora o templo tivesse sido destruído e Jerusalém totalmente
queimada, os judeus e o judaísmo
sobreviveram ao encontro com Roma. O órgão legislativo e judiciário supremo,
o Sinédrio (sucessor da Knesset
Hagedolah) foi reunido em Yavneh (70 EC) e, mais tarde, em Tiberíades. Sem a estrutura unificadora do
Estado e do Templo, a pequena comunidade
judaica restante se recuperou gradualmente, ocasionalmente fortalecida
pela volta de grupos exilados. A vida
institucional e comunal foi renovada, os sacerdotes foram substituídos por rabinos e a sinagoga tornou-se o foco das
comunidades judaicas, como exemplificado pelos
restos de sinagogas em Capernaum, Korazin, Bar’am, Gamla, etc. O Halachá
(a lei religiosa judaica) serviu como
elo comum entre os judeus e foi passado de geração a geração.
DOMINAÇÃO
EXTERNA
Domínio
bizantino (313 a 636)
Ao final do século IV, após o Imperador Constantino adotar o
cristianismo (313) e a fundação do
Império Bizantino, a Terra de Israel havia se tornado um país predominantemente
cristão. Igrejas foram construídas em
locais sagrados cristãos em Jerusalém, Belém e Galileia, e fundaram-se mosteiros em muitas regiões do
país. Os judeus foram privados da autonomia
relativa que tinham anteriormente, do direito de ocupar cargos públicos,
e foram proibidos de entrar em
Jerusalém, exceto em um dia do ano (Tisha B'Av — nove de Av) para lamentar
a destruição do Templo .
A invasão persa de 614 foi auxiliada pelos judeus, inspirados pela
esperança messiânica da libertação. Em
troca de sua ajuda, eles receberam o governo de Jerusalém; esse período
durou aproximadamente três anos.
Subsequentemente, o exército bizantino recuperou o domínio da cidade (629) e mais uma vez expulsou seus
habitantes judeus.
Domínio árabe
(636 a 1099)
A conquista da Terra pelos árabes ocorreu quatro anos após a morte
de Maomé (632) e durou mais de quatro
séculos, com califas governando primeiro a partir de Damasco, depois de Bagdá e do Egito. No início, a colonização
judaica em Jerusalém foi retomada, e a comunidade judaica recebeu o status de dhimmi (não
muçulmanos protegidos), o que lhes garantia a vida, propriedade e liberdade de culto, em troca do
pagamento de taxas e impostos territoriais
especiais.
No entanto, logo restrições contra não muçulmanos (717) afetaram a
conduta pública dos judeus, assim como
suas práticas religiosas e seu status legal. A imposição de pesados impostos sobre terras agrícolas fez com que
muitos se mudassem de áreas rurais para as
cidades, onde sua situação melhorou pouco; enquanto isso, o aumento da
discriminação social e econômica forçou
muitos outros a deixar o país. Ao final do século XI, a comunidade judaica na Terra tinha diminuído consideravelmente,
tendo perdido parte de sua coesão
organizacional e religiosa.
Cruzados (1099
a 1291)
Durante os 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos cruzados,
que, atendendo a um apelo do Papa Urbano
II, vieram da Europa para recuperar a Terra Santa dos infiéis. Em julho de 1099, após um cerco de cinco semanas, os
cavaleiros da Primeira Cruzada e seu exército de plebeus capturaram Jerusalém, massacrando a
maioria dos habitantes não cristãos da cidade.
Presos em suas sinagogas, os judeus defenderam sua região, mas foram
queimados vivos ou vendidos como
escravos. Durante as décadas seguintes, os cruzados ampliaram seu poder sobre o restante do país, em parte por meio
de tratados e acordos, mas principalmente
através de sangrentas conquistas militares. O Reino Latino dos Cruzados
constituía-se de uma minoria
conquistadora, confinada em cidades e castelos fortificados.
Quando os cruzados abriram as rotas de transporte a partir da
Europa, a peregrinação à Terra Santa
tornou-se popular e, ao mesmo tempo, um número cada vez maior de judeus
procurava
retornar à sua terra natal. Documentos da época indicam que 300
rabinos da França e da Inglaterra
chegaram em um grupo, instalando-se em Acre (Akko), outros em Jerusalém.
Após a derrota dos cruzados pelo exército muçulmano de Saladino
(1187), os judeus ganharam novamente
certa liberdade, incluindo o direito de viver em Jerusalém. Embora os
cruzados tenham conseguido uma presença
no país após a morte de Saladino (1193), sua presença limitava-se a uma rede de castelos
fortificados.
A autoridade dos cruzados na Terra terminou após uma derrota final
(1291) pelos mamelucos, uma casta
militar muçulmana que conquistara o poder no Egito.
Domínio
mameluco (1291 a 1516)
Sob o domínio dos mamelucos, a Terra tornou-se apenas uma
província, governada a partir de
Damasco. Acre, Jaffa, e outros portos foram destruídos por receio de
novas cruzadas, e o comércio marítimo e
terrestre foi interrompido. Ao final da Idade Média, as cidades do país estavam praticamente em ruínas, a maior parte
de Jerusalém estava abandonada, e a pequena
comunidade judaica vivia na miséria. O declínio do domínio mameluco foi
marcado por revoltas políticas e
econômicas, pragas, gafanhotos, e terremotos devastadores.
Domínio
otomano (1517 a 1917)
Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro
distritos, ligados administrativamente à
província de Damasco e governados de Istambul. No início da era otomana, aproximadamente mil famílias judias
viviam no país, principalmente em Jerusalém,
Nablus (Siquém), Hebron, Gaza, Safed (Tzfat) e nas aldeias da Galileia.
A comunidade era constituída por
descendentes de judeus que sempre viveram na Terra, assim como imigrantes do norte da África e da Europa.
Um governo eficiente, até a morte (em 1566) do sultão Suleiman, o
Magnífico, trouxe melhorias e estimulou
a imigração judaica. Alguns recém-chegados se estabeleceram em Jerusalém, mas a maioria foi para Safed,
onde, em meados do século 16, a população judaica havia aumentado para aproximadamente dez mil,
e a cidade tornou-se um próspero centro
têxtil e um foco de intensa atividade intelectual.
Durante esse período, o estudo da Cabala (misticismo judaico)
floresceu e esclarecimentos da lei
judaica, codificados no Shulchan Aruch, foram disseminados por toda a Diáspora
a partir das casas de estudo de
Safed.
Com um declínio gradual na qualidade do domínio otomano, o país
todo muito negligenciado. Ao final do
século XVIII, grande parte da Terra pertencia a proprietários ausentes,
sendo arrendadas a agricultores
empobrecidos, e a tributação era altíssima e arbitrária. As grandes florestas da Galileia e do monte Carmel foram
desmatadas; pântanos e desertos invadiam as
terras agrícolas.
O sionismo, o movimento de libertação
nacional do povo judeu, recebeu este nome a partir da palavra "Sião", sinônimo
tradicional de Jerusalém e da Terra de Israel. A ideia do sionismo — a redenção do povo judeu em sua pátria
ancestral — está enraizado na contínua saudade e
profunda ligação à Terra de Israel, que é uma
parte inerente da existência judaica na Diáspora através dos séculos.
O sionismo político surgiu em resposta à
contínua opressão e perseguição de judeus na Europa Oriental e à desilusão com a emancipação na
Europa Ocidental, que não pusera fim à discriminação
nem levara à integração dos judeus nas sociedades locais. Sua expressão
foi formalizada no estabelecimento da
Organização Sionista (1897), durante o Primeiro Congresso Sionista, reunido por Theodor Herzl em Basileia,
Suíça. O programa do movimento sionista
continha elementos ideológicos e práticos para o incentivo do retorno
dos judeus à Terra, facilitando o
renascimento social, cultural, econômico e político da vida nacional judaica
e procurando também alcançar um lar
reconhecido internacionalmente e legalmente garantido para o povo judeu em sua pátria histórica,
onde não fossem perseguidos e pudessem
desenvolver suas próprias vidas e identidade.
Tempos
modernos
Durante o século XIX, o atraso medieval foi aos poucos substituído
pelos primeiros sinais de progresso, com
várias potências ocidentais procurando uma posição dominante, muitas vezes através de atividades missionárias.
Estudiosos britânicos, franceses e americanos iniciaram estudos de arqueologia bíblica; a
Grã-Bretanha, a França, a Rússia, a Áustria e os Estados Unidos abriram consulados em Jerusalém.
Navios a vapor passaram a ter rotas constantes de e para a Europa; conexões postais e
telegráficas foram instaladas; a primeira estrada ligando Jerusalém a Jaffa foi construída. O
renascimento do país como ponto de encontro comercial de três continentes foi acelerado pela abertura
do Canal de Suez.
Consequentemente, a situação dos judeus do país foi melhorando, e
seu número aumentou substancialmente. Na
metade do século, a superpopulação no interior das muralhas de Jerusalém levou os judeus a construírem o
primeiro bairro fora das muralhas (1860), e, nos vinte e cinco anos seguintes, adicionaram
mais sete, formando o núcleo da nova cidade. Em
1870, Jerusalém tinha uma maioria absoluta judia. Terras para a
agricultura foram compradas em todo o
país; novos assentamentos rurais foram estabelecidos; a língua hebraica, há
muito restrita à liturgia e à
literatura, foi reavivada. Era o estágio ideal para o início do movimento sionista.
Inspirados pela ideologia sionista, dois grandes fluxos de judeus
da Europa Oriental chegaram ao país no
final do século XIX e início do século XX. Determinados a restaurar sua pátria
pelo cultivo do solo, esses pioneiros
recuperaram campos estéreis, construíram novos
assentamentos e formaram a base para o que se tornaria uma próspera
economia agrícola.
Os recém-chegados enfrentaram condições extremamente difíceis: a
postura da administração otomana era
hostil e opressiva; comunicações e transporte eram rudimentares e pouco seguros; nos pântanos havia a mortal malária;
e o solo sofrera séculos de negligência. A
aquisição de terras era restrita, e a construção foi proibida sem uma
licença especial, que só podia ser
obtida em Istambul. Embora essas dificuldades tenham dificultado o desenvolvimento do país, não o impediram. Com
o início da I Guerra Mundial (1914), a
população judaica na Terra era de 85.000, em comparação com os 5.000 do
início do século XVI.
Em dezembro de 1917, forças britânicas, sob o comando do General
Allenby, invadiram Jerusalém, terminando
400 anos de domínio otomano. A Legião Judaica, com três batalhões formados por milhares de voluntários judeus,
era uma unidade essencial do exército britânico.
Domínio
britânico (1918 a 1948)
Em julho de 1922, a Liga das Nações concedeu à Grã-Bretanha o
Mandato sobre a Palestina (nome pelo
qual o país era então conhecido). Reconhecendo a ligação histórica do povo
judeu com a Palestina, foi solicitado à
Grã-Bretanha que facilitasse o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina e em Eretz
Israel (Terra de Israel). Dois meses depois, em
setembro de 1922, o Conselho da Liga das Nações e a Grã-Bretanha
decidiram que as condições para a
criação de um lar nacional judaico não valeriam para a região leste do rio Jordão, que constituía três quartos do
território incluído no Mandato e que acabou por se tornar o Reino Hachemita da Jordânia.
Imigração
Motivados pelo sionismo e incentivados pela empatia britânica com
as aspirações judaicas sionistas,
conforme comunicado pelo secretário de Relações Exteriores Lord Balfour
(1917), sucessivos grupos de imigrantes
chegaram ao país, entre 1919 e 1939, cada um contribuindo para diferentes aspectos do desenvolvimento
da comunidade judaica. Cerca de 35.000 judeus
chegaram entre 1919 e 1923, principalmente da Rússia, e influenciaram
muito o caráter e organização da
comunidade durante anos. Esses pioneiros estabeleceram os alicerces de uma infraestrutura social e econômica abrangente,
desenvolveram a agricultura, instalaram formas
comunitárias cooperativas e únicas de assentamentos rurais — kibutz e
moshav — e forneceram a mão de obra para
a construção de casas e estradas.
A onda seguinte, com aproximadamente 60.000 judeus, que vieram
principalmente da Polônia entre 1924 e
1932, foi fundamental para o desenvolvimento e enriquecimento da vida
urbana. Esses imigrantes se
estabeleceram principalmente em Tel Aviv, Haifa e Jerusalém, onde abriram pequenos negócios, empresas de
construção e indústrias leves. A última grande onda de imigração antes da II Guerra Mundial, que
incluiu aproximadamente 165 mil judeus,
ocorreu na década de 1930, após a ascensão de Hitler ao poder na
Alemanha. Os recém chegados, muitos dos quais eram profissionais e acadêmicos,
constituíram o primeiro grande grupo de
imigrantes da Europa Ocidental e Central. Sua educação, habilidades e
experiência aumentaram o padrão dos
negócios, refinaram as condições urbanas e rurais, e ampliaram a vida cultural da comunidade.
Administração
As autoridades britânicas concederam às comunidades judaica e
árabe o direito de administrarem seus
próprios assuntos internos. Utilizando esse direito, a comunidade judaica, conhecida como Yishuv, elegeu (em 1920) um
órgão autogovernante com base em
representação partidária, que se reunia anualmente para analisar suas
atividades e eleger o Conselho Nacional
(Va'ad Leumi) para implantar suas políticas e programas. Financiados por recursos locais e fundos angariados pelo
judaísmo mundial, uma rede nacional de serviços
educacionais, religiosos, sociais e de saúde foi desenvolvida e mantida.
Em 1922, conforme
estipulado no Mandato, uma "agência judaica" foi
constituída para representar o povo judeu
diante das autoridades britânicas, governos estrangeiros e organizações
internacionais.
Desenvolvimento
econômico
Durante as três décadas do Mandato, a agricultura foi
desenvolvida; fábricas foram
estabelecidas; novas estradas foram construídas em todo o país; as águas
do rio Jordão foram represadas para a
produção de energia elétrica; e o potencial mineral do Mar Morto foi aproveitado. A Histadrut (Federação Geral do
Trabalho) foi fundada (1920) para apoiar o bem estar dos trabalhadores e criar
empregos através do estabelecimento de empresas
cooperativas no setor industrial, assim como serviços de marketing para
as colônias agrícolas.
Três movimentos clandestinos judeus ocorreram
durante o período do Mandato Britânico. O
maior deles foi a Haganah, fundada em 1920 pela comunidade judaica como
uma milícia de defesa para a segurança
da população judaica. A partir de meados dos anos 1930, o movimento também foi responsável por
retaliações após os ataques árabes e respostas às restrições britânicas à imigração judaica com
demonstrações e sabotagem em massa. O Etzel,
organizado em 1931, rejeitou o autocontrole da Haganah e iniciou ações
independentes contra alvos árabes e
britânicos. O menor e mais militante dos grupos, o Lehi, foi criado em 1940. As três organizações foram dissolvidas
com o estabelecimento das Forças de Defesa de
Israel em junho de 1948.
Cultura
Dia após dia, surgia uma vida cultural que se tornaria exclusiva
para a comunidade judaica na Terra de
Israel. Arte, música, e dança se desenvolveram gradualmente com a criação
de escolas e estúdios profissionais.
Galerias e salas forneceram espaços para exposições e espetáculos, frequentados por um público
exigente. A abertura de uma nova peça, o
lançamento de um novo livro, ou uma exposição de retrospectiva de um
pintor local eram imediatamente cobertos
pela imprensa e tornaram-se objetos de animados debates em cafés e reuniões sociais.
A língua hebraica foi reconhecida como língua oficial do país,
juntamente com o inglês e o árabe, e
passou a ser usada em documentos, moedas e selos, assim como em programas
de rádio. O mercado editorial aumentou,
e o país surgiu como centro mundial de atividade literária em hebraico. Teatros de vários
gêneros abriram suas portas para o público,
juntamente com tentativas iniciais de escrever peças originais em
hebraico.
O renascimento nacional judaico e o empenho da comunidade para
reconstruir o país encontraram fortes
oposições por parte dos nacionalistas árabes. Seu ressentimento explodiu em períodos de intensa violência (1920, 1921,
1929, 1936 a 1939), quando ataques não
provocados foram lançados contra a população judaica, incluindo o
Massacre de Hebron de 1929, o assédio no
transporte judaico, e a queima de campos e florestas. Tentativas de
diálogo com os árabes, realizadas no
início do movimento sionista, foram infrutíferas, polarizando o sionismo e o nacionalismo árabe em uma
situação potencialmente explosiva. Reconhecendo
os objetivos opostos dos dois movimentos nacionais, a Grã-Bretanha
recomendou (1937) a divisão do país em
dois Estados, um judeu e outro árabe, ligados por uma união econômica. A
liderança judaica aceitou a ideia da divisão e permitiu que a
agência judaica negociasse com o governo
britânico para reformular os diversos aspectos da proposta. Os árabes
foram intransigentemente contra qualquer
plano de divisão.
A continuação de grandes ataques árabes antissemitas levou a
Grã-Bretanha (em maio de 1939) à emissão
de um Livro Branco, impondo restrições drásticas sobre a imigração
judaica, apesar de, consequentemente,
negar a judeus europeus um refúgio da perseguição nazista.
O início da II Guerra Mundial pouco depois levou David Ben-Gurion,
posteriormente o primeiro
primeiro-ministro de Israel, a declarar: Vamos lutar na guerra como se
não houvesse Livro Branco, e contra o
Livro Branco como se não houvesse guerra.
Holocausto
Distintivo
amarelo que os judeus foram forçados a usar pelos nazistas
Durante a 2ª Guerra Mundial (1939 a 1945), o regime nazista
executou um deliberado e sistemático
plano para liquidar a comunidade judaica da Europa. Nesse período, aproximadamente seis milhões de judeus,
incluindo um milhão e meio de crianças, foram
assassinados. À medida que os exércitos nazistas varriam a Europa, os
judeus eram selvagemente perseguidos,
submetidos a tortura e humilhação, e levados para guetos, onde tentativas de resistência armada causaram
medidas ainda mais duras. A partir dos guetos, eles eram transportados para campos de concentração,
onde alguns, com mais sorte, eram
submetidos a trabalhos forçados, mas a maioria era executada em massa
através de tiros ou câmaras de gás.
Muitos não conseguiram escapar. Alguns fugiram para outros países, alguns
se juntaram aos guerrilheiros, e outros
foram escondidos por não judeus, que arriscaram suas próprias vidas ao fazerem isso.
Consequentemente, apenas um terço dos judeus sobreviveu, incluindo aqueles que haviam deixado a Europa
antes da guerra, de uma população de quase
nove milhões, que outrora constituía a maior e mais vibrante comunidade
judaica do mundo.
Após a guerra, a oposição árabe levou os britânicos a intensificar
suas restrições sobre o número de judeus
com permissão para entrar e se estabelecer no país. A comunidade judaica reagiu, instituindo uma ampla rede de
imigração ilegal para resgatar sobreviventes do
Holocausto. Entre 1945 e 1948, aproximadamente 85.000 judeus foram
trazidos à Terra secretamente, por rotas
muitas vezes perigosas, apesar do bloqueio naval britânico e patrulhas de fronteira preparadas para
interceptar refugiados antes de chegarem ao país. Aqueles capturados foram internados em campos
de detenção na ilha de Chipre, ou forçados a
retornar para a Europa.
Voluntários judeus na 2ª Guerra Mundial: Mais de 26.000 homens e
mulheres da comunidade judaica da Terra
se ofereceram para juntarem-se às forças britânicas na luta contra a Alemanha nazista e seus aliados do Eixo,
servindo no exército, força aérea e marinha. Em
setembro de 1944, após um esforço prolongado da agência judaica no país
e do movimento sionista no exterior para
conseguir o reconhecimento da participação dos judeus da Palestina no esforço de guerra, a Brigada Judaica foi
formada como uma unidade militar independente
do exército britânico, com sua própria bandeira e emblema. Composta por
aproximadamente
5.000 homens, a brigada agiu no Egito, no norte da Itália e no
noroeste da Europa. Após a vitória dos
Aliados na Europa (1945), muitos de seus membros juntaram-se às atividades
de “imigração ilegal” para trazer
sobreviventes do Holocausto à Terra de Israel.
A caminho da
independência
A incapacidade da Grã-Bretanha de conciliar as exigências opostas
das comunidades judaica e árabe levou o
governo britânico a pedir que a "Questão da Palestina" fosse inscrita
na agenda da Assembleia Geral das Nações
Unidas (em abril de 1947). Como resultado, uma comissão especial foi constituída para elaborar
propostas sobre o futuro do país. Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia votou pela adoção da
proposta do comitê de divisão da Terra em dois
Estados, um judeu e outro árabe. A comunidade judaica aceitou o plano,
mas os árabes o rejeitaram.
Após a votação da ONU, os militantes árabes locais, auxiliados por
voluntários aleatórias de países árabes,
lançaram violentos ataques contra a comunidade judaica, tentando frustrar
a resolução da divisão e impedir o
estabelecimento de um Estado judeu. Após uma série de contratempos, as organizações de defesa
judaicas expulsaram a maioria das forças de ataque, tomando conta de toda a área alocada para o
Estado judeu.
Em 14 de maio de 1948, quando o mandato britânico chegou ao fim, a
população judaica na Terra chegava a
650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada com instituições políticas, sociais e econômicas bem
desenvolvidas — de fato, uma nação e Estado em todos os sentidos, exceto no nome.
ESTADO DE
ISRAEL
Plano de
Divisão de 1947 (Resolução 181 da ONU) |
Líbano |
Mar
Mediterrâneo |
Tel Aviv |
Haifa |
Síria |
Jaffa |
Jerusalém |
Bersebá |
Egito |
Transjordânia |
Estado
judeu |
Estado
árabe |
Zona
Internacional |
Linhas do
Armistício de 1949 a 1967 |
Líbano |
Síria |
Mar
Mediterrâneo |
Haifa |
Samaria |
Tel
Aviv-Yafo |
Jerusalém |
Judeia |
Bersebá |
Egito |
Israel |
Israel |
Jordânia |
Eilat |
Sob o
domínio da Jordânia |
Sob a
administração egípcia |
Em 14 de maio de 1948, Israel proclamou sua independência. Menos
de 24 horas depois, os exércitos normais
do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram o país, forçando Israel
a defender a soberania que acabara de
reconquistar em sua pátria ancestral.
Na chamada Guerra de Independência de Israel, as recém-formadas e
pouco preparadas forças de defesa de
Israel (IDF) expulsaram os invasores em ferozes batalhas intermitentes, em
um período que durou aproximadamente 15
meses e custou a vida de seis mil israelenses (quase 1% da população judaica do país na
época).
Durante os primeiros meses de 1949, negociações diretas foram
realizadas sob os auspícios da ONU entre
Israel e cada um dos países invasores (exceto o Iraque, que se recusou a
negociar com Israel), resultando em
acordos de armistício que refletiam a situação ao final das disputas.
Assim, a Planície Costeira, a Galileia e todo o Neguev ficaram sob
a soberania israelense, a Judeia e a
Samaria (Cisjordânia) ficaram sob o domínio da Jordânia, a Faixa de Gaza ficou
sob a administração egípcia, e a cidade
de Jerusalém ficou dividida, com a Jordânia controlando a parte leste, incluindo a Cidade Velha, e
Israel, o setor ocidental.
A construção
do Estado
Com o fim da guerra, Israel concentrou-se na construção do Estado
que o povo tinha lutado tanto para
recuperar. Os primeiros 120 assentos do Knesset (do parlamento) entraram
em funcionamento após as eleições
nacionais (em 25 de janeiro de 1949) em que quase 85% de todos os eleitores votaram. Duas das pessoas
que haviam conduzido Israel à independência
tornaram-se líderes do país: David Ben-Gurion, líder da agência judaica,
foi escolhido como primeiro
primeiro-ministro, e Chaim Weizmann, presidente da Organização Sionista
Mundial, foi eleito pelo Knesset como primeiro
presidente. Em 11 de maio de 1949, Israel tornou-se o 59º membro das Nações Unidas.
De acordo com o conceito de "reunir os exilados", que
está no cerne da razão de ser de Israel,
os portões do país foram abertos, afirmando o direito de cada judeu de
vir para o país e, ao entrar, adquirir
cidadania. Nos primeiros quatro meses de independência, aproximadamente 50.000 recém-chegados, principalmente
sobreviventes do Holocausto, chegaram às praias de Israel. Até o final de 1951, um total de
687.000 homens, mulheres e crianças chegaram, mais de 300.000 deles refugiados de países árabes,
duplicando assim a população judaica.
A crise econômica causada pela Guerra da Independência e a
necessidade de sustentar uma população
em rápido crescimento exigiram austeridade no país e ajuda financeira do
exterior.
A assistência prestada pelo governo dos Estados Unidos,
empréstimos de bancos americanos, as
contribuições dos judeus da Diáspora e reparações alemãs após a guerra foram
usados para construir casas, mecanizar a
agricultura, estabelecer uma frota mercante e uma companhia aérea nacional, explorar minerais
disponíveis, desenvolver indústrias e expandir rodovias, telecomunicações e redes elétricas.
No final da primeira década, a produção da indústria dobrou, assim
como o número de pessoas empregadas, com
as exportações industriais aumentando quatro vezes. A vasta expansão das áreas cultivadas trouxe
autossuficiência no fornecimento de todos os produtos alimentares básicos, exceto carne e grãos,
enquanto aproximadamente 50.000 hectares de
terra árida foram arborizados e árvores foram plantadas ao longo de
quase 500 milhas (800 km) de rodovias.
O sistema educacional, desenvolvido pela comunidade judaica no
período pré-estatal e que agora incluía
o setor árabe, expandiu-se consideravelmente. Frequentar as escolas
tornou-se gratuito e obrigatório para
todas as crianças com idades entre 5 e 14 anos (em 1978 tornou-se obrigatório até os 16 anos e gratuito até os
18). Atividades culturais e artísticas floresceram, misturando elementos do Oriente Médio, do
Norte Africano e ocidentais, pois os judeus
chegando de todas as partes do mundo trouxeram consigo as tradições específicas
de suas comunidades e aspectos da
cultura dominante dos países onde tinham vivido por gerações. Quando Israel comemorou seu décimo
aniversário, a população ultrapassava dois milhões.
Campanha do
Sinai de 1956 |
Israel |
Sob o
domínio da Jordânia |
Líbano |
Síria |
Área
capturada por Israel e devolvida |
Haifa |
Tel
Aviv-Yafo |
Samaria |
Mar
Mediterrâneo |
Sinai |
Egito |
Jerusalém |
Judeia |
Bersebá |
Jordânia |
Eilat |
Arábia
Saudita |
Mar
Vermelho |
Campanha do
Sinai de 1956
Os anos de construção do Estado foram ofuscados por graves
problemas de segurança. Os acordos de
armistício de 1949 não só haviam fracassado ao tentar pavimentar o caminho
para a paz permanente, mas também eram
constantemente violados. Contradizendo a Resolução do dia 1º de setembro de 1951 do Conselho de
Segurança da ONU, a passagem de transportes
israelenses e para Israel foi impedida pelo Canal de Suez; o bloqueio do
Estreito de Tiran foi reforçado;
incursões em Israel de grupos terroristas provenientes dos países árabes
vizinhos para assassinatos e sabotagens
ocorreram com frequência cada vez maior, e a península do Sinai foi gradualmente convertida em uma
imensa base militar egípcia.
Com a assinatura de uma aliança militar tríplice entre o Egito, a
Síria e a Jordânia (outubro de 1956), a
ameaça iminente à existência de Israel foi intensificado. Durante uma campanha
de oito dias, as FDI capturaram a Faixa
de Gaza e a Península do Sinai inteira, parando 10 milhas (16 km) a leste do Canal de Suez. A decisão
das Nações Unidas de implementar uma Força de
Emergência das Nações Unidas (UNEF) ao longo da fronteira
Egito-Israel e garantias egípcias de
livre navegação no Golfo de Eilat levaram Israel a concordar com uma
retirada gradual (novembro de 1956 a
março de 1957) das áreas tomadas semanas antes. Consequentemente, o Estreito de Tiran foi aberto, permitindo o
desenvolvimento do comércio com a Ásia e com
países do leste Africano, assim como importações de petróleo do Golfo
Pérsico.
Anos de
consolidação
Durante a segunda década de Israel (1958 a 1968), as exportações
duplicaram e o PIB subiu aproximadamente
10% anualmente. Enquanto alguns itens anteriormente importados, como papel, pneus, rádios e refrigeradores, eram
agora fabricados localmente, o crescimento mais
rápido ocorreu em setores mais recentes: metais, maquinaria, produtos
químicos e eletrônicos. Como o mercado
interno para alimentos locais estava se aproximando
rapidamente do ponto de saturação, o setor agrícola começou a
cultivar uma maior variedade de culturas
para a indústria de processamento de alimentos, assim como produtos frescos para exportação. Um segundo porto de águas
profundas foi construído na costa do
Mediterrâneo em Ashdod, além daquele já existente em Haifa, para lidar
com o aumento do volume de
comércio.
Em Jerusalém, uma sede permanente para o Knesset foi estabelecida,
e instalações para a Universidade
Hebraica e para o centro médico de Hadassah Medical Center foram
construídas em locais alternativos para
substituir os edifícios originais no Monte Scopus, que teve que ser abandonado após a Guerra da Independência. Ao
mesmo tempo, o Museu de Israel foi criado
com o objetivo de coletar, preservar, estudar e expor os tesouros
culturais e artísticos do povo judeu.
As relações exteriores de Israel expandiram-se de forma constante,
pois uma relação foi desenvolvida com os
Estados Unidos, com países da Comunidade Britânica, com a maioria dos países da Europa Ocidental, com quase todos
os países da América Latina e da África, e com
alguns da Ásia. Abrangentes programas de cooperação internacional foram
iniciados, e centenas de médicos,
engenheiros, professores, agrônomos, especialistas em irrigação, e organizadores de jovens israelenses
compartilharam seu conhecimento e experiência com pessoas de outros países em desenvolvimento.
Em 1965, houve uma troca de embaixadores
com a República Federal da Alemanha, um movimento adiado até então
devido à mágoa do povo judeu em relação
aos crimes cometidos durante o regime nazista (1933 a 1945). Oposições veementes e debates públicos
precederam a normalização das relações entre os
dois países.
Julgamento do
criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann em Jerusalém • G.P.O. / J.
Milli
Julgamento de Eichmann: Em maio de 1960,
Adolf Eichmann, chefe de operações do
programa de assassinato nazista durante a II Guerra Mundial, foi trazido
ao país para ser julgado de acordo com a
lei de Israel relacionada aos nazistas e colaboradores nazistas (de 1950). No julgamento, iniciado em abril de
1961, Eichmann foi considerado culpado de crimes contra a humanidade e do povo judeu e
condenado à morte. Seu apelo à Suprema Corte foi rejeitado e ele foi enforcado em 30 de maio
de 1962. Essa foi a única vez que a pena de morte foi realizada sob a lei israelense.
Guerra dos
Seis Dias de 1967
Mar
Mediterrâneo |
Haifa |
Líbano |
Egito |
Tel
Aviv-Yafo |
Jerusalém |
Bersebá |
Jordânia |
Sinai |
Eilat |
Arábia
Saudita |
Mar
Vermelho |
Linhas de
cessar-fogo após a Guerra dos Seis Dias de 1967 |
A esperança por mais uma década de relativa tranquilidade foi
frustrada com o aumento de ataques terroristas
árabes através das fronteiras com o Egito e a Jordânia, persistentes bombardeio de artilharia da Síria, vindos de
assentamentos agrícolas no norte da Galileia, e
enormes ataques militares dos países árabes vizinhos. Quando o Egito
enviou novamente um grande número de
tropas para o deserto do Sinai (em maio de 1967), ordenou que as forças de paz da ONU (estabelecidas desde 1957) saíssem
da região, restabeleceu o bloqueio do Estreito
de Tiran, e entrou em uma aliança militar com a Jordânia, Israel viu-se
diante de exércitos árabes hostis em
todas as frentes. À medida que seus vizinhos se preparavam para destruir o Estado judeu, Israel invocou seu direito
inerente de legítima defesa, lançando um ataque
preventivo (em 5 de junho de 1967) contra o Egito pelo sul do país,
seguido por um contra ataque contra a Jordânia pelo leste e um encaminhamento
das forças sírias entrincheiradas nas
Colinas de Golã pelo norte.
Após seis dias de batalha, as antigas linhas de cessar-fogo foram
substituídas por outras, com a Judeia,
Samaria, Gaza, a Península do Sinai e as Colinas de Golã sob o controle de
Israel. Consequentemente, as aldeias do
norte foram libertadas após 19 anos de bombardeios sírios recorrentes; a passagem transporte de e para
Israel através do Estreito de Tiran estava
assegurada; e Jerusalém, que estivera dividida entre Israel e Jordânia
desde 1949, foi reunificada sob a
autoridade de Israel.
De guerra em
guerra
Após a guerra, o desafio diplomático de Israel era traduzir suas
vitórias militares em paz permanente com
base na Resolução nº 242, que pedia reconhecimento da soberania, integridade territorial e independência
política de cada Estado da região e seu direito de viver em paz dentro de fronteiras seguras e
reconhecidas, livres de ameaças ou atos de força. No entanto, a posição árabe, tal como formulada
na Cúpula de Cartum (em agosto de 1967) não
aceitava paz, negociações nem o reconhecimento de Israel. Em setembro de
1968, o Egito iniciou uma "guerra
de desgaste", com ações esporádicas e estáticas ao longo das margens
do Canal de Suez, que, por sua vez,
transformaram-se em lutas reais e localizadas em grande escala, causando mortes dos dois lados. As
hostilidades terminaram em 1970, quando Egito e
Israel aceitaram renovar o cessar-fogo ao longo do Canal de Suez.
Guerra de Iom
Kipur de 1973
Durante três anos, houve uma calma relativa ao longo das
fronteiras; então, no Iom Kipur (Dia do
Perdão), o dia mais sagrado do ano judaico, o Egito e a Síria lançaram um
ataque de surpresa coordenado contra
Israel (em 6 de outubro de 1973). O exército egípcio atravessou o Canal de Suez e tropas sírias invadiram as
Colinas de Golã. Durante as três semanas seguintes, as Forças de Defesa de Israel mudaram o rumo
da batalha e afastaram os ataques,
atravessando o Canal de Suez no Egito e avançando 20 milhas (32 km) para
dentro da capital síria, Damasco. Dois
anos de difíceis negociações entre Israel e o Egito e entre Israel e a Síria
resultaram em acordos de retirada, que determinaram que Israel se
retirasse de partes dos territórios
capturados durante a guerra.
Operação Paz
para a Galileia de 1982
Israel nunca quis conflito com seu vizinho do norte, o Líbano. No
entanto, quando a Organização de
Libertação da Palestina (OLP) se instalou no sul do Líbano após ter sido
expulsa da Jordânia (1970) e perpetrou
várias ações terroristas contra as cidades e aldeias do norte de Israel (Galileia), causando muitas vítimas e
danos, as Forças de Defesa de Israel cruzaram a
fronteira com o Líbano (1982). A "Operação Paz para a
Galileia" conseguiu remover da região a
maior parte da infraestrutura organizacional e militar da OLP. Durante
os 18 anos seguintes, Israel manteve uma
pequena zona de segurança no sul do Líbano, adjacente à sua fronteira do norte, para proteger a população da Galileia
contra ataques.
2ª Guerra do
Líbano
Em maio de 2000, Israel retirou todas as suas forças da zona de
segurança no sul do Líbano. No entanto,
o Líbano não cumpriu as resoluções 425 e 1559 do Conselho de Segurança da
ONU, que exigem o desmantelamento do
Hezbollah e o deslocamento do exército libanês no sul do Líbano.
Consequentemente, houve violência em julho de 2006, após o
Hezbollah raptar dois soldados
israelenses e bombardear cidades do norte de Israel. No conflito que se
seguiu, depois conhecido como II Guerra
do Líbano, mais de 4.000 mísseis foram disparados contra civis em Israel. Os combates terminaram em agosto de
2006, e a Resolução 1701 do CSONU foi
aprovada, pedindo a libertação incondicional dos soldados israelenses
capturados, a implantação de soldados
libaneses e da FINUL em todo o sul do Líbano, e o estabelecimento de um embargo sobre armas fornecidas aos
grupos armados libaneses.
Operação em
Gaza em 2008
Após a retirada israelense da Faixa de Gaza e de quatro
assentamentos no norte da Cisjordânia,
em 2005, e a eleição do Hamas, em 2007, o terrorismo contra Israel
aumentou. Milhares de mísseis foram
disparados da Faixa de Gaza contra o sul de Israel, resultando em danos materiais e danos físicos e
psicológicos à população que vive no sul, e forçando Israel a tomar uma ação militar na forma da Operação
Chumbo Fundido (27 de dezembro de 2008 até
18 de janeiro de 2009).
Todo ano, Israel comemora o aniversário do
assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin.
Seu assassinato, em 4 de novembro de 1995, por um extremista judeu
mergulhou o país em luto profundo pelo
soldado-estadista, que havia saído do campo de batalha para liderar a nação em direção à paz.
Da guerra à paz
As eleições Knesset em 1977 trouxeram o bloco Likud (uma coligação
de partidos de direita e de centro) ao
poder, pondo fim a quase 30 anos de domínio do Partido Trabalhista. O novo
primeiro-ministro, Menachem Begin, reiterou o compromisso de todos
os ministros anteriores de lutar pela
paz permanente na região e chamou os líderes árabes à mesa de negociações.
A visita do presidente egípcio Anwar Sadat a Jerusalém (em
novembro de 1977) marcou o fim da
rejeição árabe aos apelos de Israel pela paz. Foi seguida por negociações entre
o Egito e Israel, sob os auspícios dos
americanos. Os Acordos de Camp David resultantes (em setembro de 1978) continham uma estrutura para uma paz
global no Oriente Médio, incluindo uma
proposta detalhada de autogoverno para os palestinos.
Em 26 de março de 1979, Israel e Egito assinaram um tratado de paz
em Washington, EUA, terminando os 30
anos de guerra entre eles. De acordo com os termos do tratado, Israel retirou-se da Península do Sinai, trocando
antigas linhas de cessar-fogo e acordos de armistício pelo reconhecimento mútuo das fronteiras
internacionais.
Os três anos de negociações entre a Jordânia e Israel, após a
Conferência de Paz de Madrid, em 1991,
culminaram com uma declaração do Rei Hussein, do Reino Hachemita da Jordânia,
e do primeiro-ministro Yitzhak Rabin (em
julho de 1994), finalizando os 46 anos de guerra entre os dois países. O tratado de paz entre
Jordânia e Israel foi assinado no posto fronteiriço do Aravá (perto de Eilat em Israel e Akaba na
Jordânia) em 26 de outubro de 1994, na presença
do presidente americano Bill Clinton.
Fronteira
internacional |
Linha de
cessar-fogo |
Haifa |
Tel
Aviv-Yafo |
Líbano |
Mar
Mediterrâneo |
Jerusalém |
Egito |
Sinai |
Bersebá |
Eilat |
Mar
Vermelho |
Jordânia |
Arábia
Saudita |
Paz com o
Egito e a Jordânia |
TERRORISMO: O terrorismo árabe e palestino
contra Israel existe há décadas, antes e depois
do estabelecimento do Estado de Israel. Milhares de ataques terroristas
que resultaram em morte e ferimentos de
civis israelenses ocorreram durante as duas décadas anteriores à Guerra dos Seis Dias de 1967 (o que levou à
presença de Israel nos territórios). Após sua
criação, em 1964, a OLP ficou à frente da campanha terrorista.
Durante os anos 1970 e 1980, as várias organizações
terroristas comandadas pela OLP lançaram
vários ataques dentro e fora de Israel. Um dos ataques mais notórios foi o assassinato de 11 atletas israelenses nas
Olimpíadas de Munique, em 1972.
Apesar do compromisso palestino, em 1993, a
terminar o terrorismo, proporcionando assim a
base para o processo de paz palestino-israelense, os ataques terroristas
continuaram, e intensificaram-se ainda
mais após setembro de 2000, resultando na morte de mais de mil civis israelenses e ferindo milhares outros.
Desafios
internos
Durante os anos 1980 e 1990, Israel aceitou mais de um milhão de
novos imigrantes, principalmente da
antiga União Soviética, da Europa Oriental, e da Etiópia. A chegada de tantos novos consumidores e de um grande
número de trabalhadores qualificados e não
qualificados impulsionou a economia, criando um período de expansão
acelerada.
O governo que chegou ao poder após as eleições Knesset, em 1984,
era composto pelos dois principais
blocos políticos — o Trabalhista (esquerda/centro) e Likud (direita/centro).
Foi substituído em 1988 por uma coalizão
liderada pelo Likud, seguida em 1992 por uma coalizão do Partido Trabalhista e outros partidos
esquerdistas menores. Após o assassinato do
primeiro-ministro Yitzhak Rabin, em 1995, novas eleições foram
realizadas em 1996. Eleições diretas
levaram o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ao poder, formando então
uma coalizão liderada pelo Likud. Menos
de três anos depois, seu governo foi derrotado. Em 1999, Ehud Barak, líder do Partido One Israel
(esquerda/centro), foi eleito primeiro-ministro e formou um governo de coalizão. Ele renunciou
em dezembro de 2000. Ariel Sharon, líder do
Likud, foi primeiro-ministro do início de 2001 até o início de 2006,
quando sofreu um derrame. Ehud Olmert,
líder do Partido Kadima, formado por Sharon em novembro de 2005, foi seu sucessor como primeiro-ministro.
Após a saída de Ehud Olmert, Benjamin Netanyahu foi eleito
primeiro-ministro em eleições
antecipadas, realizadas em fevereiro de 2009, e formou um governo de
coalizão de base ampla.
Cada governo procurou conquistar a paz, o desenvolvimento
econômico, e a absorção de imigrantes de
acordo com suas próprias convicções políticas.
O PROCESSO
DE PAZ
Desde a assinatura do tratado de paz entre Egito e Israel (em
1979), várias iniciativas foram
apresentadas por Israel e outros para promover o processo de paz no
Oriente Médio. Essas tentativas acabaram
por levar à convocação da Conferência de Paz de Madri (em outubro de 1991), realizada sob os auspícios dos
americanos e soviéticos, que reuniu representantes de Israel, Síria, Líbano, Jordânia e Palestina.
Os processos formais foram seguidos por negociações bilaterais entre as partes e por conversas
multilaterais sobre preocupações regionais.
Conversas
bilaterais
Israel e os palestinos: Após meses de intensos contatos discretos
em Oslo entre negociadores de Israel e
da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), uma Declaração de
Princípios (DP) foi formulada,
delineando determinações de autogoverno dos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Sua assinatura, em 13 de
setembro de 1993, foi precedida por uma troca de cartas entre o presidente da OLP, Yasser
Arafat, e o primeiro-ministro Yitzhak Rabin, em que a
OLP renunciou ao uso do terrorismo, comprometeu-se a invalidar os
artigos em sua aliança que negam o
direito de existência de Israel, e comprometeu-se a uma resolução pacífica
do conflito, que já durava décadas. Em
resposta, Israel reconheceu a OLP como representante do povo palestino.
O DP continha princípios gerais mutuamente acordados em relação a
um período de cinco anos de autogoverno
palestino e uma estrutura para as várias fases de negociações entre Israel-Palestina. As determinações para o
autogoverno palestino na Faixa de Gaza e na área de Jericó foram implementadas em maio de 1994; a
transferência de competências e
responsabilidades na Cisjordânia em termos de educação e cultura, saúde,
assistência social, fiscalização direta
e turismo foi implementada três meses depois. O DP e outros acordos assinados entre Israel e os palestinos
culminaram com a assinatura do Acordo Provisório Israel-Palestina em setembro de 1995.
Esse acordo incluía uma ampliação do autogoverno palestino por
meio de uma autoridade governante
autoeleita , o Conselho Palestino (eleito em janeiro de 1996), e a continuação
do restabelecimento das FDI na
Cisjordânia. O acordo também iniciou o mecanismo que rege as relações entre israelenses e palestinos, que
levaria a um acordo definitivo. Nos termos do
Acordo Provisório, a Cisjordânia foi dividida em três tipos de
regiões:
Região A — inclui as principais cidades da Cisjordânia:
responsabilidade total do conselho
palestino pela segurança interna e ordem pública, assim como por
assuntos civis. (A cidade de Hebron
estava sujeita a um regime especial, estabelecido no Acordo Provisório; o
protocolo relativo ao restabelecimento
em Hebron foi assinado em janeiro de 1997.)
Região B — composta por pequenas cidades e aldeias na Cisjordânia:
Responsabilidade do conselho palestino
por questões civis (como na região A) e pela manutenção da ordem pública, enquanto Israel manteve a responsabilidade
primordial pela segurança, para proteger seus
cidadãos e combater o terrorismo.
Região C — composta por todos os assentamentos judaicos, regiões
de importância estratégica para Israel,
e áreas praticamente despovoadas na Cisjordânia: responsabilidade
total de Israel pela segurança e ordem pública, assim como
responsabilidades civis relacionadas ao
território (planejamento e zoneamento, arqueologia, etc.). O conselho palestino assume a responsabilidade em
relação a todas as outras esferas civis da população palestina.
O calendário para a implementação das fases de maior
restabelecimento, conforme especificado
no acordo provisório, foi revisto em várias ocasiões pelos dois lados, principalmente no Memorando de Wye River, de
outubro de 1998. Após essas revisões
acordadas, Israel completou a primeira e segunda fase do Processo de
Restabelecimento Adicional (PRA) em
março de 2000. Como resultado dos restabelecimentos, mais de 18% da Cisjordânia constituíram a Região A e mais de
21% constituíram a Região B, com 98% da
população palestina da Cisjordânia sob o controle da autoridade palestina.
Negociações finais entre as partes, para determinar a natureza do
acordo permanente entre Israel e os
palestinos, começou conforme previsto, em maio de 1996. Atentados
suicidas, perpetrados por terroristas do
Hamas em Jerusalém e Tel Aviv durante 1996, tornaram o processo de paz negativo para Israel. Houve
então uma pausa de três anos, e as negociações
finais só foram retomadas após o Memorando Sharm e-Sheikh (em setembro
de 1999). Questões a serem tratadas com
incluíam: refugiados, assentamentos, questões de segurança, fronteiras, Jerusalém, e muito mais. A
convite do presidente dos EUA, Bill Clinton, o primeiro ministro israelense
Ehud Barak e o presidente da autoridade palestina, Yasser Arafat, participaram de uma cúpula em Camp David em julho
de 2000 para retomar as negociações. A
cúpula terminou sem acordo, pois Arafat, o presidente da AP, recusou-se
a aceitar a generosa proposta. No
entanto, um comunicado trilateral foi emitido, definindo os princípios
acordados para orientar futuras negociações.
Em setembro de 2000, os palestinos iniciaram uma intifada, uma
campanha de terrorismo e violência
indiscriminados, causando mortes e sofrimento para os dois lados. Inúmeras tentativas de acabar com o confronto violento
e renovar o processo de paz fracassaram devido
ao contínuo terrorismo palestino.
Israel aceitou a visão apresentada no discurso do presidente dos
EUA, George W. Bush, em 24 de junho de
2002, para acabar com o terrorismo palestino, a ser seguido pela resolução
final de todas as questões e pela
paz.
Em 25 de maio de 2003, Israel aceitou o roteiro, juntamente com
comentários que Israel considera
essenciais para sua implementação e um compromisso dos EUA para lidar com
estes comentários. No entanto, os
palestinos ainda não cumpriram suas obrigações relativas à primeira fase do roteiro, principalmente a
cessação incondicional do terrorismo e o fim da
incitação. Uma das medidas tomadas por Israel contra o terrorismo é a
construção de um muro
antiterrorista.
Em agosto de 2005, Israel desligou-se da Faixa de Gaza e de quatro
assentamentos no norte da Samaria
(Cisjordânia), procurando acabar com o impasse no processo de paz após cinco
anos de terrorismo palestino. No
entanto, o terrorismo palestino continuou após a eleição do governo do Hamas, incluindo ataques com
mísseis Kassam da Faixa de Gaza no norte do
Neguev e o sequestro de um soldado israelense, exigindo uma ação militar
israelense.
O novo governo israelense, eleito no início de 2009, fez várias
tentativas de reiniciar o processo de
paz. Infelizmente, essas tentativas foram todas frustradas pelos palestinos,
com sua nova exigência de que os
israelenses satisfizessem várias condições para que as negociações pudessem ser sequer recomeçadas.
Foi somente em maio de 2010 que os
palestinos concordaram em realizar conversas de proximidade.
Israel e Síria: dentro da fórmula de Madri, as negociações entre
as delegações israelense e síria
começaram em Washington e foram realizadas ocasionalmente com
embaixadores, envolvendo altos
funcionários norte-americanos.
Duas rodadas de negociações Israel-Síria (em dezembro de 1995 e
janeiro de 1996) focaram a segurança e
outras questões fundamentais. Altamente detalhados e abrangentes, as negociações identificaram importantes áreas
de concordância e convergência conceituais para
discussão e consideração futuras. As negociações entre Israel e Síria
foram renovadas em janeiro de 2000, em
Shepherdstown, EUA, após uma pausa de mais de três anos. No entanto, não trouxeram avanços; o encontro entre o
Presidente Clinton e Hafez Assad em Genebra (em
março de 2000) também não levou a novas negociações.
A Síria, juntamente com o Irã, apoiou as organizações terroristas
mais violentas e perigosas, como
Hezbollah e vários grupos terroristas palestinos.
Israel e Líbano: Em 23 de maio de 2000, Israel completou a
retirada de todas as forças militares da
zona de segurança no sul do Líbano, em conformidade com a decisão do
governo israelense para implementar a
Resolução 425 do CSONU. Infelizmente, o Líbano ainda não cumpriu totalmente sua parte da Resolução
425, nem da Resolução 1.559 (que exige o
desmantelamento do Hezbollah e o deslocamento do exército libanês no sul
do Líbano). Houve violência novamente,
após o sequestro de dois soldados israelenses e o bombardeio de cidades do norte de Israel pelo Hezbollah em
12 de julho de 2006. Israel foi forçado a agir para remover a presença terrorista do Hezbollah no
sul do Líbano, o que incluiu dezenas de
milhares de mísseis de artilharia pesada fornecidos pelo Irã e Síria e
disparados em milhões de civis
israelenses. No conflito que se seguiu, mais tarde conhecido como II Guerra do
Líbano, mais de 4.000 mísseis foram
disparados contra alvos civis dentro de Israel, causando 44 vítimas civis e danos à infraestrutura civil e
propriedades. Cento e dezenove soldados israelenses também foram mortos no conflito durante as
operações militares. A luta terminou com a
adoção, em 11 de agosto de 2006, da Resolução 1.701 do Conselho de
Segurança, que exige a libertação
incondicional dos soldados sequestrados, determina que o Líbano e a UNIFIL restabeleçam-se, juntos, em todo o sul do
Líbano ,e estabelece um embargo de armas para
grupos libaneses não governamentais.
Negociações
multilaterais
As negociações multilaterais constituíram o processo de paz,
visando a encontrar soluções para os
principais problemas regionais e proporcionar segurança para promover o desenvolvimento da normalização das relações
entre as nações do Oriente Médio. Após a
Multilateral Middle East Conference de Moscou (janeiro de 1992), com a
participação de 36 países e organizações
internacionais, as delegações dividiram-se em cinco grupos de trabalho para lidar com áreas específicas de
interesses regionais comuns (meio ambiente, controle de
armas e segurança regional, refugiados, recursos de água, e
desenvolvimento econômico) que se reúnem
periodicamente em vários locais na região.
O comitê diretivo, composto por representantes das principais
delegações e presidido por EUA e Rússia,
coordena as negociações multilaterais. Desde o início da violência palestina
em setembro de 2000, a maioria das
atividades das negociações multilaterais estão paradas.
DESTAQUES
HISTÓRICOS
Desenhos:
Noam Nadav
AEC – Antes da Era Comum
Séculos XVII
até VI AEC – Tempos bíblicos
c. Séc.
XVII |
Abraão, Isaac e Jacó, os patriarcas do povo judeu, se
estabelecem na Terra de Israel. A fome
força os israelitas a emigrar para o Egito |
c. Séc.
XIII |
Moisés lidera os israelitas na saída do Egito, seguido por 40
anos de peregrinação no deserto; a
Torá, incluindo os dez mandamentos, é
recebida no Monte Sinai |
c. Séc.
XIII a XII |
Os
israelitas se estabelecem na Terra de Israel |
c. 1020 |
A monarquia
judaica é estabelecida; Saul é o primeiro rei |
c. 1000 |
Jerusalém
torna-se a capital do reino de Davi |
c. 960 |
Primeiro
templo, centro nacional e espiritual do povo judeu, é construído em Jerusalém pelo rei Salomão |
c. 930 |
Reino
dividido: Judá e Israel |
722 a 720 |
Israel é destruído pelos assírios; 10 tribos exiladas (Dez
Tribos Perdidas) |
586 |
Judá é
conquistado pela Babilônia Jerusalém e o Primeiro Templo são destruídos; a maioria dos judeus é exilada |
Período do
Segundo Templo
538 a 142 |
Períodos
persa e helenístico |
538 a 515 |
Muitos
judeus retornam da Babilônia; Templo é reconstruído |
332 |
A Terra é conquistada por Alexandre, o Grande; domínio helenístico |
166 a 160 |
Revolta dos Macabeus (Asmoneus) contra as restrições à prática
do judaísmo e profanação do Templo |
142 a 129 |
Autonomia
judaica sob a liderança dos Asmoneus |
129 a 63 |
Independência
judaica sob a monarquia dos Asmoneus |
63 |
Jerusalém
capturada pelo general romano Pompeu |
63 AEC a
313 EC – Domínio romano |
|
63 a 4 AEC |
Herodes, rei vassalo romano, governa a Terra de Israel Templo de
Jerusalém é reformado |
EC – Era
Comum
c. 20 a 33 |
Ministério
de Jesus de Nazaré |
66 |
Revolta
judaica contra os romanos |
70 |
Destruição
de Jerusalém e do Segundo Templo |
73 |
Última
fortaleza de judeus em Massada |
132 a 135 |
Revolta de
Bar Kochba contra Roma |
c. 210 |
Codificação
da Lei Oral judaica (Misná) concluída |
313 a 636 |
Domínio
bizantino |
c. 390 |
Explicações
da Misná (Talmude de Jerusalém) concluídas |
614 |
Invasão
persa |
636 a 1099 |
Domínio
árabe |
691 |
No local do Primeiro e do Segundo Templo de Jerusalém, o
Domo da Rocha é construído pelo califa
Abd el-Malik |
1099 a 1291
|
Dominação
dos cruzados (Reino Latino de Jerusalém) |
1291 a 1516
|
Domínio
mameluco |
1517 a 1917
|
Domínio
otomano |
1564 |
Código da
lei judaica (Shulchan Aruch) é publicado |
1860 |
Primeiro bairro construído fora dos muros da Cidade Velha
de Jerusalém |
1882 a 1903
|
Primeira Aliá (imigração em grande escala), principalmente
da Rússia |
1897 |
Primeiro Congresso Sionista, reunido por Theodor Herzl na
Basileia, Suíça; fundação da
Organização Sionista |
1904 a 1914
|
Segunda
Aliá, principalmente da Rússia e Polônia |
1909 |
Primeiro kibutz, Degania, e a primeira cidade moderna completamente judia, Tel Aviv, são fundados
|
1917 |
Fim de 400 anos de domínio otomano com a conquista britânica
Ministro de Relações Exteriores britânico, Balfour, declara o apoio ao estabelecimento de um "lar nacional
judeu na Palestina" |
1918 a 1948
|
Domínio
britânico |
1919 a 1923
|
Terceira
Aliá, principalmente da Rússia |
1920 |
Histadrut (Federação Geral do Trabalho) e Haganah
(Organização de Defesa Judaica)
fundadas Vaad Leumi (Conselho Nacional) instituído pela comunidade judaica (Yishuv) para administrar seus
assuntos internos |
1921 |
Primeiro
moshav (aldeia cooperativa), Nahalal, fundada |
1922 |
Mandato sobre a Palestina (Terra de Israel) é concedido à Grã
Bretanha pela Liga das Nações. Transjordânia determinada em três quartos da região, deixando um quarto para
o lar nacional judaico Agência
judaica, representante da comunidade judaica diante das autoridades do Mandato, é criada |
1924 |
Technion, o
primeiro instituto de tecnologia, fundado em Haifa |
1924 a 1932
|
Quarta
Aliá, principalmente da Polônia |
1925 |
Universidade
Hebraica de Jerusalém inaugurada no Monte Scopus |
1929 |
Judeus de
Hebron massacrados por terroristas árabes |
1931 |
Etzel,
organização clandestina judaica, é fundada |
1933 a 1939
|
Quinta
Aliá, principalmente da Alemanha |
1936 a 1939
|
Revoltas
antissemitas instigadas por terroristas árabes |
1939 |
Imigração judaica é severamente limitada pelo Livro Branco britânico |
1939 a 1945
|
2ª Guerra
Mundial: Holocausto na Europa |
1940 a 1941
|
Movimento clandestino Lehi é formado; Palmach, força de
ataque da Haganá, é criada |
1944 |
Brigada
Judaica é formada como parte das forças britânicas |
1947 |
A ONU
propõe criação de Estados árabes e judeus na Terra |
1948 |
Estado de
Israel |
1948 |
Fim do
Mandato Britânico (14 de maio) Estado de
Israel proclamado (14 de maio) Israel
invadido por cinco países árabes (15 de maio)
Forças de
Defesa de Israel (FDI) criadas Guerra da
Independência (maio de 1948 a julho de 1949) |
1949 |
Acordos de armistício com Egito, Jordânia, Síria, Líbano
Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia
Primeiro
Knesset (parlamento) eleito Israel
aceito na Organização das Nações Unidas como 59º membro |
1948 a 1952
|
Imigração
em massa da Europa e países árabes |
1956 |
Campanha do
Sinai |
1961 a 1962
|
Adolf Eichmann julgado e executado em Israel por sua
participação no Holocausto |
1964 |
Transportadora Nacional de Águas concluída, trazendo água
do Lago Kineret, no norte, até o sul,
cujo clima é seco |
1967 |
Guerra dos
Seis Dias; Jerusalém reunificada |
1968 a 1970
|
"Guerra
de desgaste" entre Egito e Israel |
1973 |
Guerra de
Iom Kipur |
1975 |
Israel
torna-se membro associado do Mercado Comum Europeu |
1977 |
Likud forma o governo após as eleições Knesset; fim de 30 anos
de governo trabalhista Visita do
presidente egípcio Anwar Sadat a Jerusalém |
1978 |
Acordos de Camp David incluem a estrutura para uma paz abrangente no Oriente Médio e proposta de
autogoverno palestino |
1979 |
Tratado de
paz entre Israel e Egito é assinado O primeiro-ministro Menachem Begin e o presidente Anwar
Sadat recebem o Prêmio Nobel da Paz |
1981 |
Força Aérea de Israel destrói o reator atômico do Iraque
pouco antes do início de seu
funcionamento |
1982 |
Retirada de Israel da Península do Sinai é concluída em três
etapas Operação Paz para a Galileia remove terroristas da Organização de Libertação da Palestina (OLP) do Líbano |
1984 |
Unidade de governo nacional (Likud e Trabalhista) é formada
após as eleições Operação
Moisés: imigração de judeus da Etiópia |
1985 |
Acordo de
Livre Comércio assinado com os Estados Unidos |
1987 |
Distúrbios violentos e generalizados (intifada) começam em regiões administradas por Israel |
1988 |
O governo
Likud vence as eleições |
1989 |
Iniciativa de paz de quatro abordagens é proposta por Israel
Início da imigração em massa de judeus da antiga União Soviética |
1991 |
Israel é atacado por mísseis Scud iraquianos durante a Guerra
do Golfo Conferência de paz no Oriente Médio convocada em Madri Operação Salomão: transporte aéreo de
judeus da Etiópia |
1992 |
Estabelecimento
de relações diplomáticas com a China e Índia |
|
Novo
governo liderado por Yitzhak Rabin do Partido Trabalhista |
1993 |
Declaração de princípios sobre autogoverno provisório para
os palestinos assinado por Israel e
OLP, como representante do povo
palestino (Acordos de Oslo) |
1994 |
Implementação do autogoverno palestino na Faixa de Gaza e
na região de Jericó Relações
diplomáticas plenas com a Santa Sé Escritórios diplomáticos de Marrocos e da Tunísia são
estabelecidos Tratado de paz entre Israel e Jordânia é assinado Rabin,
Peres e Arafat recebem o Prêmio Nobel da Paz |
1995 |
Ampliação do autogoverno palestino implementado na
Cisjordânia e na Faixa de Gaza;
eleição do conselho palestino O primeiro-ministro Yitzhak Rabin é assassinado em um comício
de paz
Shimon
Peres torna-se primeiro-ministro |
1996 |
Aumento do terrorismo fundamentalista árabe contra Israel
Operação Vinhas da Ira, em retaliação aos ataques terroristas da Hizbullah ao norte de Israel Escritórios de representação comercial estabelecidos em Omã
e Qatar Binyamin Netanyahu é eleito primeiro-ministro; forma governo de coalizão liderado por Likud Escritório de representação comercial de Omã é inaugurado em
Tel Aviv |
1997 |
Protocolo
de Hebron assinado por Israel e pela AP |
1998 |
Israel
comemora seu 50º aniversário Israel e a OLP assinam o Memorando de Wye River para
incentivar a implementação do Acordo
Provisório |
1999 |
Ehud Barak (do partido de esquerda One Israel) é eleito primeiro
ministro; forma governo de coalizão Israel e a
OLP assinam o Memorando Sharm-e-Sheikh |
2000 |
Visita do
Papa João Paulo II Israel se retira da zona de segurança no sul do Líbano Israel entra no grupo Europa Ocidental e
Outros, da ONU Mais violência (Segunda
Intifada) Primeiro-ministro
Barak renuncia |
2001 |
Ariel Sharon (Likud) eleito primeiro-ministro; forma amplo
governo de união Relatório de averiguação do comitê do Sharm-e-Sheikh
(Relatório Mitchell) emitido Plano de trabalho palestino-israelense de implementação de segurança (plano Tenet de cessar-fogo), é
proposto Rechavam Ze'evy, ministro do turismo, é assassinado por terroristas palestinos |
2002 |
Israel lança a Operação Escudo Defensivo em resposta a
enormes ataques terroristas
palestinos Israel começa a construir o muro antiterrorista para impedir
que terroristas da Cisjordânia matem
cidadãos israelenses O
primeiro-ministro Sharon desmancha o Knesset, solicitando novas eleições a serem realizadas em 28 de
janeiro de 2003 |
2003 |
O governo
de coalizão direito direitista é formado pelo primeiro- |
|
ministro
Ariel Sharon Israel
aceita o roteiro |
2005 |
Israel realiza o Plano de Desligamento, acabando com a
presença de Israel na Faixa de Gaza |
2006 |
Após o primeiro-ministro Sharon sofrer um derrame, Ehud
Olmert se torna primeiro-ministro As eleições que se seguiram, em 28 de março, o primeiro-ministro
Ehud Olmert forma novo governo
liderado pelo Partido Kadima Israel
realiza operações militares contra os terroristas palestinos em Gaza após sequestro de soldado
israelense A 2ª Guerra no Líbano, durante a qual Israel realiza
operações militares contra o
terrorismo do Hezbollah no sul do Líbano, após ataques de mísseis e o sequestro de dois
soldados israelenses |
2007 |
Shimon
Peres é eleito Presidente do Knesset Israel declara Gaza "território hostil" após a
violenta tomada da Faixa de Gaza por
Hamas |
2008 |
Israel celebra seu 60º aniversário; Israel lança sua Operação
em Gaza (Operação Chumbo Fundido) em
resposta ao bombardeio de mais de
10.000 mísseis e morteiros disparados da Faixa de Gaza |
2009 |
Benjamin Netanyahu é eleito primeiro-ministro em eleições nacionais, realizadas em fevereiro de 2009,
e forma um governo de coalizão de base
ampla A cidade de
Tel Aviv comemora seu 100º aniversário |
2010 |
Israel se junta à Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômicos (OCDE) |
O ESTADO
A Proclamação do Estabelecimento do Estado de Israel, assinada em
14 de maio de 1948 por membros do
Conselho Nacional, representando a comunidade judaica no país e o
movimento sionista no exterior,
constitui o credo da nação. Nele estão incluídos os imperativos históricos do renascimento de Israel, a estrutura de um
estado judeu democrático, baseado na liberdade,
justiça e paz, tal como previsto pelos profetas bíblicos, e uma
solicitação por relações pacíficas com
os Estados árabes vizinhos, para benefício de toda a região.
...na
multidão de conselheiros há segurança. (Provérbios 11:14)
O
ESTADO
Eretz Israel (Terra de Israel) foi o berço do povo judeu. Aqui,
sua identidade espiritual, religiosa e
política foi moldada. Foi aqui que eles tornaram-se um Estado, criaram valores
culturais de significância nacional e
universal e deram ao mundo o eterno Livro dos Livros.
...os judeus lutaram geração após geração para se restabelecerem
em sua antiga terra natal. ...eles
fizeram desertos florescerem, reavivaram a língua hebraica, construíram cidades
e povoados e criaram uma comunidade
próspera, controlando sua própria economia e cultura, adorando a paz mas sabendo como se
defender...
O Estado de Israel ficará aberto para imigração judaica...
fomentará o desenvolvimento do país para
o benefício de todos os seus habitantes; será baseado na liberdade, justiça e
paz conforme imaginado pelos profetas de
Israel; assegurará completa igualdade de direitos sociais e políticos a todos os seus habitantes
independentemente de sua religião, raça ou sexo; garantirá a liberdade de religião,
consciência, linguagem, educação e cultura; protegerá os locais santos de todas as religiões; e será
fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.
Estendemos nossa mão a todos os Estados vizinhos e seus povos,
oferecendo paz e boa vizinhança, e
apelamos a eles que estabeleçam laços de cooperação e ajuda mútua com o soberano povo judeu, estabelecido em sua
própria terra.
(da
Proclamação do Estabelecimento do Estado de Israel)
A bandeira do Estado de Israel é baseada no desenho do xale de
oração judaico (talit), com um escudo
azul de Davi (Magen Davi)
O emblema oficial do Estado de Israel é um candelabro (a
menorá), cujo formato diz-se ser
derivado do Moriá de sete braços, uma planta conhecida desde a
antiguidade. Os ramos de oliveira em
cada um dos lados representa o anseio de Israel pela paz.
Hatikva – O
hino nacional
Enquanto no
fundo do coração
A alma de
um judeu anseia,
E, em
direção ao oriente,
Um olho
contempla Sião,
Nossa
esperança ainda não está perdida,
A esperança
de dois mil anos,
De ser um
povo livre em nossa terra,
A terra de
Sião e Jerusalém.
ESTRUTURA
POLÍTICA
Presidentes de Israel
Chaim Weizmann (1949 a 1952), líder sionista, renomado cientista
Yitzhak Ben- Zvi (1952 a 1963), diretor da Agência Judaica,
historiador
Zalman Shazar (1963 a 1973), político,
historiador, estudioso, autor, poeta
Efraim Katzir (1973 a 1978), renomado bioquímico
Yitzhak Navon (1978 a 1983), político, educador, autor
Chaim Herzog (1983 a 1993), advogado, general
do exército, diplomata, autor Ezer
Weizman (1993 a 2000), comandante da Força Aérea, político, empresário Moshe Katsav (2000 a 2007), líder social,
político
Shimon Peres (2007 até hoje), estadista, o
ex-primeiro-ministro, laureado do Prêmio Nobel da Paz.
Israel é uma democracia parlamentar que consiste em poderes
legislativo, executivo e judicial. Suas
instituições são: a presidência, o Knesset (parlamento), o governo (gabinete de
ministros) e o Judiciário. O sistema é
baseado no princípio da separação de poderes, em que o poder executivo (o governo) está sujeito ao Poder
Legislativo (o Knesset) e a independência do poder judicial é garantida por lei.
|
Chefe de
Estado |
|
|
Presidente |
|
Legislativo
|
Executivo |
Judiciário |
Representante
|
Primeiro-ministro
|
Sistema de
juizados |
Knesset |
Governo |
Procurador-geral |
Comitês |
Ministérios |
|
Prefeitos e
chefes de conselho |
Controladoria e Ouvidoria do
Estado |
|
Conselhos
locais |
|
|
|
Eleitorado |
|
PRESIDÊNCIA
O nasi (presidente) tem o antigo título do chefe do Sinédrio, o
supremo órgão legislativo e judicial do
povo judeu na Terra de Israel nos tempos antigos. O presidente é o chefe de
Estado, e a presidência simboliza a unidade
da nação, acima e além dos partidos políticos. O presidente é eleito por maioria simples do
Knesset entre candidatos nomeados com base em
seu prestígio pessoal e em sua contribuição para o Estado ao longo da
vida. A legislação revista (em 1998) prevê
a eleição do presidente para um único mandato de sete anos.
As funções presidenciais, em sua maioria cerimoniais e formais,
são definidas por lei. Elas incluem a
abertura da primeira sessão de um novo Knesset; orientar um membro do
Knesset para formar um novo governo;
aceitar as credenciais de embaixadores estrangeiros; assinar tratados e leis aprovados pelo Knesset;
nomear, por recomendação dos organismos
adequados, os chefes das missões diplomáticas de Israel fora do país,
juízes, e o governador do Banco de
Israel; além de perdoar prisioneiros, a conselho do ministro da justiça. Além
disso, o presidente desempenha funções
públicas e tarefas informais, tais como ouvir apelos dos cidadãos, conferir prestígio para
organizações comunitárias e fortalecer campanhas para melhorar a qualidade de vida da sociedade em
geral.
LEGISLATIVO:
KNESSET
O Knesset (parlamento unicameral israelense) é o órgão legislativo
do país. O nome e o número fixo de 120
membros do Knesset vêm da Knesset Hagedolah (Grande Assembleia), representante do Conselho Judaico convocada
em Jerusalém por Esdras e Neemias no século V
AEC
Um novo Knesset passa a funcionar após as eleições gerais, que
determinam sua composição. Na primeira
sessão, os membros do Knesset declaram sua lealdade, e os representantes e vice
representantes do Knesset são eleitos. O Knesset normalmente dura quatro anos,
mas pode dissolver-se ou ser dissolvido
pelo primeiro-ministro a qualquer momento durante seu mandato. Até que um novo Knesset seja formalmente
constituído após as eleições, o antigo
Knesset retém plena autoridade.
O Knesset funciona em sessões plenárias e através de 15 comissões
permanentes. Nas sessões plenárias,
debates gerais são realizados sobre a legislação apresentada pelo governo ou
por membros individuais do Knesset,
assim como sobre a política e atividades do governo. Os debates são realizados em hebraico, mas os
membros podem falar árabe, pois as duas são
línguas oficiais. Há tradução simultânea disponível.
Para se tornar uma lei, um projeto de lei estatal deve passar por
três leituras no Knesset (enquanto
projetos de lei particulares passam por quatro leituras). Na primeira leitura,
o projeto é apresentado ao plenário; em
seguida, há um breve debate sobre seu conteúdo, e então ele é remetido à comissão apropriada do
Knesset para discussão detalhada e
reformulação, se necessário. Quando a comissão concluir seu trabalho, o
projeto é devolvido ao plenário para
segunda leitura; nesse momento, os membros da comissão que tiverem reservas podem apresentá-las ao plenário.
Após um debate geral, cada artigo do projeto de lei é submetido para votação e, a menos que
necessário devolvê-lo novamente à comissão, a
terceira leitura ocorre imediatamente, e há uma votação sobre o projeto
como um todo. Se o projeto for aprovado,
é assinado pelo orador que preside e é posteriormente publicado no Diário Oficial, com as assinaturas do
presidente, primeiro-ministro, orador do Knesset e do ministro responsável pela implementação da lei.
Finalmente, o selo do Estado é afixado a ele
pelo ministro da justiça, e o projeto de lei torna-se lei.
EXECUTIVO:
GOVERNO
Primeiros-ministros de Israel
David Ben-Gurion (1948-54)
Moshe Sharett (1954 a 1955)
David Ben-Gurion (1955-63)
Levi Eshkol (1963 a 1969)
Golda Meir (1969 a 1974)
Yitzhak Rabin (1974-77)
Menachem Begin (1977 a 1983)
Yitzhak Shamir (1983-84)
Shimon Peres (1984-86)
Yitzhak Shamir (1986-92)
Yitzhak Rabin (1992-95)
Shimon Peres (1995-96)
Benjamin Netanyahu (1996 a 1999)
Ehud Barak (1999 a 2001)
Ariel Sharon (2001 a 2006)
Ehud Olmert (2006 a 2009)
Benjamin Netanyahu (2009 até hoje)
A autoridade executiva do Estado é o governo (gabinete de
ministros), encarregado de administrar
assuntos internos e externos, incluindo questões de segurança. Seus poderes
de criação de política são muito amplos,
e é autorizado a tomar medidas sobre qualquer assunto que não seja responsabilidade legal de outra
autoridade.
O gabinete determina o seus próprios processos de trabalho e
tomada de decisão. Normalmente, se reúne
uma vez por semana, mas podem ocorrer reuniões adicionais conforme necessário. Ele também pode atuar
por meio de comitês ministeriais.
Formação de um governo: Todos os governos até hoje foram baseados
em coalizões de vários partidos, já que
jamais algum partido recebeu assentos suficientes no Knesset para formar
um governo sozinho.
Após consultas, o presidente apresenta a um membro do Knesset a
responsabilidade de formar um governo.
Para isso, esse membro do Knesset tem de apresentar, dentro de 28 dias após receber a responsabilidade pela formação
de um governo, uma lista de ministros para
aprovação do Knesset, juntamente com um resumo das diretrizes propostas
pelo governo. Todos os ministros devem
ser cidadãos israelenses e morar em Israel, e todos devem ser membros do Knesset.
Uma vez aprovados, os ministros são responsáveis perante o
primeiro-ministro pelo cumprimento de
seus deveres e responsáveis perante o Knesset por suas ações. A maioria
dos ministros recebe uma carteira e a
chefia de um ministério; os ministros que trabalharem sem carteira podem ser chamados a assumir a
responsabilidade por projetos especiais. O primeiro ministro também pode ser
ministro de um portfólio específico.
Os ministros, com a aprovação do primeiro-ministro e do governo,
podem nomear um vice ministro para seu ministério; todos eles devem ser membros
do Knesset.
Assim como o Knesset, o governo geralmente dura quatro anos, mas
pode durar menos em caso de renúncia,
incapacidade ou morte do primeiro-ministro, ou se houver um voto de não confiança por parte do Knesset.
Se o primeiro-ministro for incapaz de continuar no cargo devido à
morte, incapacidade, renúncia ou
impeachment, o governo nomeia um de seus membros (que deve ser um membro do Knesset) como primeiro-ministro em
exercício. No caso de um voto de não confiança, o governo e o primeiro-ministro permanecerão em
seus cargos até que um novo governo seja
formado.
Procurador geral
As atividades jurídicas do governo são
chefiadas pelo procurador-geral, quem detém o poder exclusivo de representar o Estado em todas as
principais questões criminais, civis e
administrativas. O governo é obrigado a abster-se de qualquer ação que
seja ilegal, na opinião do
procurador-geral, contanto que os tribunais não determinem o contrário.
Embora nomeado pelo governo, o
procurador-geral trabalha independentemente do sistema político.
Eleições
As eleições são gerais, nacionais, diretas, igualitárias, secretas
e proporcionais. O país como um todo
constitui um único círculo eleitoral, e todos os cidadãos têm direito a voto a
partir dos 18 anos. No dia da eleição,
os eleitores votam em um partido político, que vai representá-los no Knesset.
O dia da eleição é feriado nacional, e há transporte gratuito
disponível para os eleitores estiverem
fora de seu distrito de votação naquele dia; há sessões eleitorais para os
militares, pacientes de hospital, e
presidiários, assim como para marinheiros mercantes e israelenses em missão oficial no exterior.
A Comissão Eleitoral Central, chefiada por um juiz da Suprema
Corte e incluindo representantes dos
partidos com assentos no Knesset, é responsável pelas eleições. Comissões eleitorais regionais supervisionam o bom
funcionamento dos comitês eleitorais locais, que incluem representantes de pelo menos três
partidos do Knesset que está sendo substituído.
Em cada eleição até hoje, entre 77% e 90% de todos os eleitores
registrados votaram, expressando o
grande interesse da maioria dos israelenses em sua política nacional e
local.
As eleições do Knesset são baseadas em um voto em um partido, e
não em indivíduos, e os diversos
partidos políticos que se candidatam para o Knesset refletem uma ampla gama
de visões e crenças.
PODER
JUDICIÁRIO
A independência do poder judiciário é garantida por lei. Os juízes
são nomeados pelo presidente, por
recomendação de um comitê de indicações composto por juízes da Suprema Corte, membros do tribunal e figuras
públicas. As nomeações são permanentes, com
aposentadoria compulsória aos 70 anos.
Leis da
Terra
Após sua independência (em 1948), Israel aprovou a Portaria de Lei
e Administração, estipulando que as leis
vigentes no país antes da criação do Estado permaneceriam em vigor contanto que não contradissessem os
princípios consagrados na Proclamação do
Estabelecimento do Estado de Israel e não entrassem em conflito com as
leis a serem promulgadas pelo Knesset.
Assim, o sistema legal inclui elementos da lei otomana (em vigor até 1917), leis do Mandato Britânico, que
incorporam um grande corpo de leis inglesas,
elementos da lei religiosa judaica e alguns aspectos de outros sistemas.
No entanto, a característica dominante do sistema jurídico é o
grande corpus de leis estatutárias e
jurisprudência independentes, que vêm evoluindo desde 1948. Após o estabelecimento do Estado, o Knesset passou a
ter poder para editar uma série de leis básicas, relativas a todos os aspectos da vida, que
acabam por formar uma Constituição. Muitas leis
básicas foram aprovadas, delineando as características fundamentais de
um governo, como: o presidente, o
Knesset, o governo, o poder judiciário, as Forças de Defesa de Israel, a controladoria do Estado, Liberdade de
Ocupação e Dignidade e Liberdade Humanas (que trata de violação da vida, órgão ou dignidade de
uma pessoa).
O sistema de juizados |
|
Juizados especiais (um só
juiz) |
Juizados de trabalho, tráfego, menores, militar e municipal,
com jurisdição claramente definida;
tribunais administrativos. |
Tribunais religiosos (um
ou três juízes) |
Jurisdição em questões de estatuto pessoal (casamento,
divórcio, manutenção, tutela, adoção),
sob o controle de instituições
judiciais das respectivas comunidades religiosas: Tribunais judeus rabínicos, tribunais sharia muçulmanos,
tribunais religiosos drusos, tribunais
eclesiásticos das dez comunidades cristãs
reconhecidas em Israel. |
Tribunal de magistrados
(um só juiz) |
Infrações penais civis e pequenas; jurisdição em processos civis
e criminais. |
Tribunal distrital (um ou
três juízes) |
Jurisdição de apelação sobre os tribunais magistrados;
jurisdição original em casos civis e
criminais mais importantes. |
Supremo Tribunal de
Justiça ( 1, 3, 5 ou mais
juízes, sempre em número ímpar)
|
Jurisdição de apelação final em todo o país; direito de tratar
de questões quando necessário, e
intervir em prol da justiça;
autoridade para liberar pessoas detidas ou presas ilegalmente; serve como Tribunal Superior de Justiça,
ouve petições contra qualquer órgão do
governo ou agente e é o tribunal de primeira e última instância. |
A superioridade normativa das leis básicas sobre a legislação
normal foi confirmada em 1995, quando a
Suprema Corte assumiu o poder de revisão judicial da legislação Knesset,
violando uma Lei Básica.
Ao longo dos anos, um corpo de jurisprudência tem sido
desenvolvido através de decisões da
Suprema Corte, protegendo as liberdades civis, incluindo a liberdade de
expressão, liberdade de reunião,
liberdade de religião, e a igualdade como valores fundamentais do sistema
jurídico de Israel. Como Tribunal
Superior de Justiça, a Suprema Corte também recebe petições de indivíduos para a reparação em relação a
qualquer órgão ou agente do governo.
O Gabinete da Controladoria do Estado,
estabelecido por lei (1949) para assegurar a
prestação pública de contas, realiza auditoria e relatórios externos
sobre a legalidade, regularidade,
economia, eficácia, eficiência e integridade moral da administração
pública. Desde 1971, a controladoria do
Estado também serve como provedor de justiça, recebendo queixas do público contra o Estado ou
entidades públicas sujeitas à auditoria da controladoria. A controladoria do Estado é eleita pelo
Knesset em votação secreta para um mandato de sete anos e presta contas somente ao Knesset. O
escopo da auditoria do Estado inclui as atividades de todos os ministérios, as instituições
estatais, os setores do sistema de defesa, autoridades locais, empresas do governo, etc. Além disso,
a controladoria do Estado está habilitada por lei a fiscalizar os assuntos financeiros dos
partidos políticos representados no Knesset, além de suas contas de campanha eleitoral, impondo
sanções monetárias quando irregularidades são
encontradas.
Polícia de Israel
Assim como as polícias de outros países, a tarefa da polícia de
Israel é manter a qualidade de vida,
combater o crime, ajudar as autoridades a aplicar a lei e fazer cumprir as
regras de trânsito, além de orientar
quanto a medidas preventivas para a segurança e proteção da população.
A principal força tarefa móvel da polícia, a Polícia de
Fronteiras, lida principalmente com
problemas de segurança interna e inclui uma unidade antiterrorista
especial. A frequência e ameaça de
incidentes terroristas levaram cidadãos interessados a participar ativamente
na proteção de suas comunidades. Assim,
uma guarda civil voluntária foi estabelecida (em 1974) para manter unidades de segurança em bairros,
incluindo centros de comando, patrulhas
armadas e programas de treinamento.
GOVERNO
LOCAL
Os serviços prestados pelo governo local incluem educação,
cultura, saúde, assistência social,
manutenção de estradas, parques públicos, água e saneamento. Cada
autoridade local trabalha com
regulamentações que complementam a legislação nacional, aprovadas pelo Ministério do Interior. Algumas autoridades
têm tribunais especiais em que os transgressores locais são julgados. A verba das autoridades
locais vem de impostos locais e de alocações do
orçamento do Estado. Toda autoridade tem um controlador que prepara um
relatório anual.
A lei reconhece três tipos de autoridades locais: municípios, com
estrutura para centros urbanos com
população superior a 20.000; conselhos locais, que gerem cidades com população entre 2.000 e 20.000; e conselhos
regionais, responsáveis por várias aldeias
agrupadas em um determinado raio.
Cada autoridade local é administrada por um prefeito ou presidente
e um conselho. O número de membros do
conselho é determinado pelo Ministério do Interior, de acordo com a população da autoridade. Atualmente, existem
73 municípios, 124 conselhos locais e 54
conselhos regionais. Todos os municípios e os conselhos locais estão
unidos voluntariamente em um corpo
central, a União das Autoridades Locais, que os representa perante o
governo, supervisiona a legislação
pertinente no Knesset e orienta em questões como acordos de trabalho e assuntos jurídicos. Filiada à
Associação Internacional de Municípios, a união
mantém laços com organizações semelhantes em todo o mundo, e organiza
programas de cidades gêmeas e
intercâmbio de delegações internacionais.
Eleições
locais
As eleições governos locais são realizadas por voto secreto a cada
cinco anos. Todos os residentes
permanentes, sejam eles cidadãos israelenses ou não, podem votar nas
eleições locais a partir dos 17 anos e
serem eleitos a partir dos 21 anos. Nas eleições para os conselhos municipais e locais, as votações são
realizadas de acordo com uma lista partidária de candidatos, e o número de assentos do
conselho obtido por cada lista é proporcional à
porcentagem de votos recebidos. Prefeitos e presidentes de conselhos
locais são eleitos diretamente.
Nas eleições regionais do conselho, um candidato de cada aldeia é
eleito por maioria simples, e os eleitos
tornam-se membros do conselho. Os chefes de conselhos regionais são
escolhidos dentre os membros do conselho
regional.
As eleições locais recebem verbas governamentais, com base no
número de mandatos que cada facção ou
lista ganha na autoridade local.
FORÇAS DE
DEFESA DE ISRAEL (FDI)
As FDI, fundadas em 1948, estão entre as forças armadas mais
experientes em batalhas no mundo, tendo
participado de seis grandes guerras. Os objetivos de segurança das FDI
são: defender a soberania e a
integridade territorial do Estado de Israel, deter todos os inimigos, e coibir todas as formas de terrorismo que
ameacem a vida diária. Suas principais tarefas
incluem a consolidação de acordos de paz, garantir a segurança geral na
Cisjordânia em coordenação com a
Autoridade Palestina; liderar a guerra contra o terrorismo, tanto dentro
de Israel quanto além de suas
fronteiras, e manter a capacidade de impedir o início da violência.
Para assegurar seu sucesso, a doutrina das FDI em termos de estratégia
é defensiva, enquanto suas táticas são
ofensivas. Como o país não possui profundidade territorial, as FDI devem tomar a iniciativa quando necessário e, se
houver ataques, rapidamente levar a batalha para o território do inimigo. Embora esteja sempre
em menor número do que seus inimigos, as FDI
possuem vantagem qualitativa, desenvolvendo sistemas de armas avançadas,
dos quais muitos são desenvolvidos e
fabricados em Israel para suas necessidades específicas. O principal recurso das FDI, no entanto, é o alto calibre
de seus soldados.
Na preparação para a defesa, as FDI lança um pequeno exército
(composto de recrutas e de pessoal de
carreira) com capacidade de alerta precoce, e uma força aérea e marinha
regulares. A maioria de suas forças é composta
por reservistas, chamados regularmente para
treinamento e serviço e que, em tempos de guerra ou de crise, são
mobilizados rapidamente para suas
unidades a partir de todas as partes do país.
As três subdivisões de serviço das FDI (forças terrestres, força
aérea e marinha) funcionam sob um
comando unificado, liderado pelo Chefe do Estado-Maior Geral, com a patente de
tenente general, responsável perante o ministro da defesa. O Chefe do
Estado-Maior Geral é nomeado pelo
governo, por recomendação do primeiro-ministro e do ministro da defesa, para
um
mandato de
três anos, normalmente prorrogado por mais um ano.
Soldados do sexo masculino e feminino de todas as classes servem
lado a lado como técnicos, especialistas
em comunicação e inteligência, instrutores de combate, cartógrafos,
pessoal administrativo e de munições,
operadores de computador, médicos, advogados, etc. Cada vez mais mulheres também estão servindo em
unidades de combate.
As FDI observam as necessidades culturais e sociais de seus
soldados, proporcionando atividades
recreativas e educativas, além de serviços de apoio pessoal. Recrutas com
formação incompleta recebem
oportunidades para melhorar seu nível de educação, e oficiais de carreira são incentivados a estudar por conta das FDI
durante seus serviços. A integração de novos
imigrantes é facilitada através do ensino do idioma hebraico e outros
programas.
Ativas em atividades de construção da nação desde seu início, as
FDI também proporcionam educação
supletiva a populações civis e contribuem para a absorção de recém-chegados
entre a população. Em tempos de crise ou
emergência nacional, as FDI respondem imediatamente,
tomando as medidas apropriadas e designando pessoal especializado
para exercer funções essenciais ou tarefas
especiais.
TERMOS DE SERVIÇO NAS FDI
Serviço obrigatório: Todos os homens e
mulheres elegíveis são convocados aos 18 anos. Os homens servem durante três anos, as mulheres
por dois anos. Adiamentos podem ser
concedidos a estudantes qualificados em instituições de ensino superior.
Novos imigrantes podem ser dispensados
ou servir por períodos mais curtos, dependendo de sua idade e estado civil ao entrar no país.
Dever de reserva: Após a conclusão do serviço
obrigatório, cada soldado é atribuído a uma
unidade de reserva e pode servir até os 51 anos.
Serviço militar de carreira: Veteranos do
serviço obrigatório que atendam às necessidades
atuais das FDI podem tornar-se oficiais de carreira. O serviço de
carreira constitui a espinha dorsal de
comando e administração das FDI. Aqueles formados pelas escolas de oficiais,
pilotos ou das escolas técnicas
militares são obrigados a completar períodos de serviço de carreira.
TERRA
Israel é um país pequeno, estreito e semiárido na costa sudeste do
Mar Mediterrâneo. Entrou na história há
aproximadamente 35 séculos, quando o povo judeu deixou o seu modo de vida nômade, estabeleceu-se na Terra e tornou-se
uma nação. Ao longo dos anos, a Terra era
conhecida por muitos nomes: Eretz Yisrael (Terra de Israel); Sião, uma
das colinas de Jerusalém, que passou a
conotar tanto a cidade quanto a Terra de Israel como um todo; Palestina, derivado de Filisteia, e utilizado
pela primeira vez pelos romanos; a Terra Prometida; e a Terra Santa, entre outros. No entanto,
para a maioria dos israelenses de hoje, o país é simplesmente Haaretz – a Terra. Mais de 7,6
milhões de pessoas vivem hoje em Israel;
aproximadamente 5,7 milhões são judeus e 1,5 milhões são árabes. Há
vários tipos de estilos de vida no país,
tanto religioso quanto secular; tanto moderno quanto tradicional; tanto urbano quanto rural; tanto em comunidades
quanto para cada indivíduo.
... uma terra que emana leite e mel... (Êxodo 3:8)
GEOGRAFIA
Área pequena;
curtas distâncias
A área total do Estado de Israel é 8.522,04 milhas quadradas
(22.072 quilômetros quadrados), dentre
os quais 8.356,40 milhas quadradas (21.643 km quadrados) são terra. Israel
tem aproximadamente 470 km (290 milhas)
de comprimento e aproximadamente 85 milhas (135
km) de largura em seu ponto mais largo. O país faz fronteira com o
Líbano ao norte, com a Síria a nordeste,
com a Jordânia a leste, com o Egito a sudoeste e com o Mar Mediterrâneo a
oeste.
A distância entre montanhas e planícies, terras férteis, e o deserto
é muito curta. A largura do país, a
partir do Mar Mediterrâneo, a oeste, até o Mar Morto, a leste, pode ser cruzada
de carro em aproximadamente 90 minutos;
a viagem de Metula, ao extremo norte, até Eilat, ao extremo sul do país leva cerca de seis horas.
Características
geográficas
Israel pode ser dividido em quatro regiões geográficas: três
faixas paralelas de norte a sul e uma
vasta zona, quase toda árida, na metade sul.
A planície costeira é paralela ao Mar Mediterrâneo e é composta
por uma faixa arenosa, rodeada por
terrenos férteis que chegam a 25 milhas (40 km) no interior do país.
No norte, praias arenosas são às vezes pontuadas por calcário e
rochedos de arenito. A planície costeira
é onde mais da metade da população de Israel vive, e inclui grandes
centros urbanos, portos de águas
profundas, a maioria das indústrias do país, e grande parte de sua agricultura e turismo.
Várias cadeias de montanhas atravessam o país. No nordeste, as
paisagens de basalto das Colinas de
Golã, formadas por erupções há muito tempo, formam penhascos íngremes com vista para o Vale do Hula. As montanhas da
Galileia, em grande parte compostas por calcário macio e dolomita, chegam a alturas de 1.600 a
4.000 pés (500 a 1.200 m) acima do nível do
mar. Pequenos córregos perenes e um índice pluviométrico relativamente
elevado mantêm a região verde durante
todo o ano. Muitos moradores da Galileia e do Golã estão envolvidos com agricultura, turismo e indústria
leve.
O Vale do Jezreel, entre as montanhas da Galileia e da Samaria, é
a mais rica área agrícola de Israel,
cultivada por muitas comunidades cooperativas (kibutzim e moshavim). As
colinas arredondadas da Samaria e Judeia
(Cisjordânia) apresentam um mosaico de cumes rochosos e vales férteis, pontilhados por antigos
pomares e oliveiras verdes e acinzentadas. Os socalcos, lavrados por agricultores na antiguidade,
misturam-se à paisagem natural. A população se
concentra principalmente em pequenos centros urbanos e grandes
aldeias.
O Neguev, compreendendo aproximadamente metade da superfície de
Israel, é pouco habitado, e sua
população é sustentada por uma economia agrícola e industrial. Mais ao sul,
o Neguev torna-se uma zona árida,
caracterizada por colinas e planícies de arenito baixo, com muitos desfiladeiros e vales, muitas vezes
inundados pelas chuvas de inverno. Ainda mais ao
sul, a região dá lugar a uma área de picos escarpados nus,
crateras, e platôs rochosos, onde o
clima é mais seco e as montanhas são mais altas. Três crateras erosivas,
a maior delas com cerca de 5 milhas (8
km) de diâmetro e 21 milhas (35 km) de comprimento, cortam profundamente a crosta terrestre, exibindo
várias cores e tipos de rochas. Na ponta do
Neguev, perto de Eilat, no Mar Vermelho, elevações de granito cinza e
vermelho são cortadas por penhascos
secos e rochedos íngremes, com coloridas camadas de arenito que resplandecem à luz do sol.
O lago Kineret (Mar da Galileia), entre os montes da Galileia e as
Colinas de Golã, a 695 pés (212 metros)
abaixo do nível do mar, tem 8 km (5 milhas) de largura e 21 km (13 milhas)
de comprimento. É o maior lago de
Israel, e é o principal reservatório de água do país. Ao longo das margens do Lago Kineret ficam alguns
locais de importância histórica e religiosa, assim como comunidades agrícolas, de pesca e de
turismo.
O Vale do Jordão e o Arava, na região leste do país, fazem parte
da Fenda Sírio-Africana, que dividiu a
crosta terrestre há milhões de anos. O norte é extremamente fértil, enquanto o
sul é semiárido. Agricultura, pesca,
indústria leve e turismo são as principais fontes de renda da região.
O rio Jordão, que corre de norte a sul através da Fenda, desce
mais de 2.300 pés (700 metros) ao longo
de suas 186 milhas (300 km). Alimentado por córregos vindos do Monte Hermon,
ele atravessa o fértil vale do Hula até
o Lago Kineret, continuando a serpentear através do vale do Jordão até desaguar no Mar Morto. Embora seu
volume aumente durante o inverno chuvoso,
o rio normalmente é bastante estreito e raso.
O Arava, região de cerrado de Israel, começa ao sul do Mar Morto e
chega até o Golfo de Eilat, a saída de
Israel ao Mar Vermelho. A adaptação de técnicas agrícolas sofisticadas às
condições climáticas, onde a
precipitação média anual é de menos de uma polegada (25 mm) e no verão
as temperaturas sobem até 104° F (40° C), tornou possível a
criação de frutas e legumes fora de
época, principalmente para exportação. O golfo subtropical de Eilat, conhecido
por suas profundas águas azuis, recifes
de coral e vida marinha exótica, fica na ponta sul do Arava.
O Mar Morto, o ponto mais baixo da terra, a
aproximadamente 1.300 pés (400 metros) abaixo
do nível do mar, fica no extremo sul do Vale do Jordão. Suas águas, que
apresentam o mais elevado nível de
salinidade e densidade no mundo, são ricas em potássio, magnésio e bromo, assim como em sais industriais e de mesa. O
ritmo natural de recessão do Mar Morto tem sido
acelerado nos últimos anos devido a uma taxa de evaporação muito alta (5
pés ou 1,6 m anualmente) e a grandes
projetos de desvios de Israel e da Jordânia, para suprir suas necessidades de água, causando uma redução de
75% no fluxo de entrada de água. Como
resultado, o nível da superfície do Mar Morto caiu aproximadamente 35
pés (10,6 m) desde 1960. Um projeto para
ligar o Mar Morto ao Mar Mediterrâneo através de um sistema de canais e tubulação pode ajudar a restaurar o
Mar Morto às suas dimensões e nível naturais,
está sendo estudado.
Clima
O clima de Israel vai de temperado a tropical, com muito sol. Há
duas estações distintas predominantes:
um período de inverno chuvoso, de novembro a maio, e um verão seco, que dura os seis meses seguintes. A precipitação
é relativamente volumosa no norte e no centro
do país, bem menos no norte do Neguev e com valores quase
insignificantes na região sul. As
condições regionais variam consideravelmente, com verões úmidos e
invernos suaves na costa, verões secos e
invernos moderadamente frios nas regiões montanhosas (incluindo Jerusalém), verões quentes e secos e invernos
agradáveis no vale do Jordão, e condições
semidesérticas durante todo o ano em Neguev. Os extremos climáticos
variam de neve do inverno,
ocasionalmente, em altitudes mais elevadas, até ventos quentes e secos periodicamente, aumentando muito as
temperaturas, principalmente na primavera e no
outono.
Água
Localizado na extremidade de um deserto, Israel sempre sofreu com
a escassez de água. Descobertas
arqueológicas no Neguev e em outras partes do país revelam que milhares de habitantes do local já estavam preocupados
com a conservação da água há milhares de anos
atrás, conforme revelado por uma variedade de sistemas, projetados tanto
para coletar e armazenar a água da chuva
e quanto para transferi-la de um local a outro.
O total anual de recursos hídricos renováveis chega a
aproximadamente 60 bilhões de pés
cúbicos (1,7 bilhões de metros cúbicos), dos quais aproximadamente 56%
são utilizados para a irrigação e o
restante para fins urbanos e industriais. As fontes de água do país incluem o
rio Jordão, o lago Kineret e alguns rios
menores. Fontes naturais e lençóis de água subterrâneos, canalizados em quantidades controladas para
evitar a exaustão e a salinização, também são
utilizados.
Como as fontes de água doce já foram utilizadas ao máximo, estão
sendo desenvolvidas formas de exploração
de recursos hídricos adicionais através da reciclagem de águas residuais, da semeadura de nuvens, da dessalinização de
água salobra, e da dessalinização da água do
mar.
Para superar os desequilíbrios regionais na disponibilidade de
água, a maioria das fontes potáveis de
Israel está reunida em uma rede integrada. Sua artéria principal, a
Transportadora Nacional de Águas,
concluída em 1964, traz a água das regiões norte e central, através de uma rede de tubos gigantes, aquedutos, canais
abertos, reservatórios, túneis, barragens e estações de bombeamento, para o sul semiárido.
NATUREZA
Flora e
fauna
A vida vegetal e animal de Israel é rica e diversificada, em parte
devido à localização geográfica do país,
que fica na junção de três continentes. Aproximadamente 2.600 tipos de
plantas foram identificados, desde
espécies alpinas nas encostas das montanhas do norte até espécies do Saara, na Arava, no sul. Israel é o limite
setentrional para a presença de plantas como o
papiro e o limite meridional para os outras, como a peônia vermelho
coral.
Florestas naturais, que consistem principalmente de
carvalhos-dourados, cobrem parte da
Galileia, do Monte Carmelo e outras áreas montanhosas. Na primavera, a
esteva e giesta espinhosa predominam,
deixando a região com as cores rosa, branco e amarelo.
Há madressilva sobre arbustos e as árvores fornecem sombra ao
longo dos córregos de água doce da
Galileia.
Nos planaltos do Neguev, cresce o pistache atlântico ao longo dos
vales secos, e há tamareiras em qualquer
lugar onde haja água subterrânea suficiente.
Muitas flores cultivadas, como íris, lírios, tulipas e jacintos,
têm parentes silvestres em Israel. Logo
após as primeiras chuvas em Outubro e Novembro, o país é coberto por um tapete
verde que dura até o retorno do verão
seco. Ciclamens rosas e brancos e anêmonas vermelhas, brancas e roxas florescem de dezembro a
março, com tremoços azuis e margaridas amarelas
desabrochando um pouco mais tarde. Muitas plantas nativas, como o
açafrão e a cebola, são geófitos –
armazenam alimento em bulbos ou tubérculos – e florescem no final do
verão. Aproximadamente 135 variedades de
borboletas de cores brilhantes e padrões complexos pairam sobre os campos.
Mais de 500 espécies diferentes de aves podem ser vistas em
Israel. Alguns, como o bulbul comum, são residentes do país; outros, como
galeirões e estorninhos, passam o inverno
aproveitando a comida fornecida pelos tanques de peixes e terras
agrícolas de Israel. Milhões de aves
migram duas vezes por ano ao longo do comprimento do país, oferecendo oportunidades magníficas para observá-las.
Abelheiros, pelicanos e outras aves migratórias
grandes e pequenas enchem os céus em março e outubro. Várias espécies de
aves de rapina, entre elas águias,
falcões e gaviões, e pássaros pequenos, como toutinegras e estrelinhas-de
poupa, vivem em Israel.
Delicadas gazelas montanhesas vagam pelas colinas; raposas, gatos
selvagens e outros mamíferos vivem em
áreas arborizadas; íbex-da-núbia com chifres majestosos saltam sobre os penhascos do deserto; e camaleões, cobras e
lagartos agama estão entre as 100 espécies de
répteis nativos do país.
Keren Kayemet – O Fundo Nacional Judaico foi
fundado em 1901 para comprar terras para
comunidades judaicas agrícolas, bem como para realizar projetos de
recuperação, desenvolvimento e
arborização na Terra de Israel. Quando Israel se tornou independente
(1948), o FNJ, com fundos coletados por
judeus de todo o mundo, comprara aproximadamente 240.000 hectares, cuja maioria teve de ser
recuperada após séculos de negligência, e havia
plantado aproximadamente 4,5 milhões de árvores na encostas rochosas do
país.
Hoje, mais de 200 milhões de árvores, em
florestas e bosques que cobrem aproximadamente
300.000 acres, fornecem aos israelenses várias oportunidades para
recreação ao ar livre e apreciação da
natureza. Sem abandonar suas atividades de florestamento e manutenção da floresta, o FNJ também desenvolve parques e
locais de recreação, prepara infraestruturas para novas comunidades, realiza vários projetos de
coleta de água e é um parceiro ativo nos
esforços de conservação ambiental em todo o país.
Conservação da natureza
Em um esforço para conservar o ambiente natural, foram criadas
leis rigorosas para a proteção da
natureza e dos animais selvagens, tornando ilegal a remoção até mesmo de flores
comuns de beira de estrada. Responsável
pelo avanço da preservação da natureza, a Autoridade de Parques e Natureza de Israel luta para
proteger a paisagem e o ambiente natural. Mais de 150 reservas naturais e 65 parques nacionais em
todo o país, sob a supervisão da Autoridade,
abrangem aproximadamente 1000 quilômetros quadrados. Aproximadamente 20
reservas foram desenvolvidas para uso
público, com centros de visitantes, estradas e trilhas para caminhadas, atraindo mais de dois milhões de
pessoas a cada ano. Uma das regiões mais
importantes de Israel – o Monte Carmelo – foi declarada reserva da
biosfera pelo Programa Homem e Biosfera
da UNESCO.
Centenas de plantas e animais são protegidos, incluindo carvalhos,
palmas, gazelas, íbex, leopardos, e
abutres, e operações especiais de resgate foram criadas para garantir a sobrevivência de várias espécies ameaçadas de
extinção. Foram criadas estações de
alimentação para lobos, hienas e raposas, bem como locais de reprodução
seguros para as aves. Ovos de tartarugas
marinhas são recolhidos regularmente na costa do Mediterrâneo e chocados em incubadoras; os filhotes de
tartaruga são então devolvidos ao mar. Com mais de 500 milhões de aves migratórias passando pelo
país a cada ano, Israel tornou-se um centro
internacionalmente conhecido de observação de aves e um foco de pesquisa
e cooperação internacional.
A monitoração cuidadosa das rotas de migração de aves ajuda a
evitar colisões entre aves e aviões. Um
site na Internet (http://www.birds.org.il), desenvolvido em Israel com o lema
“As aves não têm fronteiras”, une
crianças de todo o mundo em um projeto de ensino e pesquisa.
Existe uma iniciativa, inspirada por um profundo sentimento de
herança, para preservar e reintroduzir a
vida vegetal e animal que existia nos tempos bíblicos e, desde então, desapareceu da região ou está ameaçada de
extinção. Neot Kedumim, uma reserva no centro
do país dedicada à coleta e conservação de variedades de plantas
mencionadas na Bíblia, montou grandes
jardins com a flora nativa de várias áreas geográficas da Terra de Israel
na antiguidade. Os projetos da vida
selvagem Hai Bar no Arava e no Monte Carmelo foram criados para reintroduzir espécies animais que
vagavam pelas montanhas e desertos da Terra a seu antigos habitats naturais. Os animais criados
incluem avestruzes, gamos persas, órix, hemíonos e burros selvagens da Somália.
A conscientização do público para a preservação da natureza é
promovida nas escolas e entre a
população em geral através de excursões, publicações e campanhas de informação.
A Sociedade para a Proteção da Natureza
em Israel, a maior organização ambientalista do país, liderou dezenas de campanhas contra a
destruição de ecossistemas e paisagens pelo
desenvolvimento imprudente. Seu programa educacional inclui 10 escolas
de campo, 4 centros de observação de
aves, 5 centros de natureza urbana, e 10 filiais locais.
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
O rápido crescimento populacional e a expansão constante da
agricultura e da indústria têm
contribuído para a deterioração ambiental, especialmente na zona
costeira, que concentra mais da metade
da população de Israel e a maior parte da indústria. Para combater a
poluição do litoral dos mares
Mediterrâneo e Vermelho, Israel adotou um programa multifacetado de inspeção, legislação, proteção, limpezas
costeiras e cooperação internacional, principalmente com o Plano de Ação para o Mediterrâneo.
Com as condições de escassez de água e desenvolvimento intensivo,
a degradação da qualidade da água é um
problema grave. As principais causas de poluição das águas subterrâneas são os fertilizantes químicos,
pesticidas, a intrusão de água salgada e as águas residuais domésticas e industriais. O
tratamento de águas residuais tem prioridade alta, para reduzir seus efeitos sobre o meio ambiente e
a saúde pública e para desenvolver uma fonte
adicional de água para a irrigação agrícola. Um plano recentemente
aprovado para a gestão da água prevê a
dessalinização da água do mar e água salobra, a melhora no tratamento de
águas residuais para fins de reuso, e a
produção e conservação eficientes da água. Um programa de reabilitação para córregos poluídos foi
iniciado, com o objetivo de transformá-los em recursos de água doce com valor ecológico e de lazer.
A qualidade da água potável é rigorosamente
controlada.
Fatores que afetam a qualidade do ar incluem a produção de
energia, o transporte e a indústria – e
todos os três aumentaram dramaticamente nos últimos anos. O uso de combustível com baixo teor de enxofre na
produção de energia ajuda a reduzir
consideravelmente as concentrações de dióxido de enxofre, mas as
emissões de poluentes ligados ao maior
tráfego de veículos aumentaram significativamente. Gasolina sem chumbo, catalisadores, e menor teor de enxofre no
diesel foram introduzidos para mitigar o problema. Um sistema nacional de monitoramento fornece
informações atualizadas sobre a qualidade do
ar em todo o país. Israel também se esforça para cumprir as normas
internacionais de preservação do ozônio
e mudanças climáticas.
O rápido crescimento da população, da qualidade de vida e do
consumo levaram a aumentos significativos
nos resíduos sólidos, na ordem de 4 a 5% ao ano. A maioria dos depósitos de
lixo ilegais do país foi fechada nos
últimos anos e substituída por aterros sanitários ambientalmente seguros. Existem esforços para
a gestão integrada de resíduos sólidos,
incluindo a redução, reciclagem, recuperação e incineração. Normas
recentes sobre reciclagem deverão
facilitar a transição para tecnologias com pouco ou nenhum resíduo.
A gestão “do berço ao túmulo” para substâncias perigosas é baseada
em licenças, regulamentação e supervisão
de todos os aspectos de sua produção, uso, eliminação e tratamento. A aplicação da legislação, a
implantação de um plano nacional de contingência para respostas integradas de emergência a
acidentes, e a solução e atualização do depósito nacional de resíduos perigosos deverão
minimizar os perigos potenciais para a saúde e o meio ambiente.
O cumprimento da legislação ambiental é uma prioridade, além da
educação ambiental do jardim de infância
à universidade. O público participa da aplicação da lei ambiental, como fiscais do lixo e do bem-estar animal
autorizados a relatar violações das respectivas leis. Ferramentas econômicas são cada vez mais usadas
para promover a melhoria ambiental, tanto
na forma de subsídios financeiros para indústrias que investem na
prevenção da poluição e na forma de
impostos e taxas sobre os poluidores. De acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável, os esforços são
voltados à conservação de recursos e prevenção
da poluição em todos os setores da economia.
INFRAESTRUTURA
Comunicações: Israel está ligado às maiores redes de dados
comerciais, financeiros e acadêmicos do
mundo e está totalmente integrado aos sistemas internacionais de comunicação através de linhas submarinas de
fibra ótica e ligações via satélite. O país tem um grande número de linhas telefônicas,
computadores e usuários da Internet per capita.
Israel é um dos primeiros países do mundo a ter 100% de
digitalização em sua rede de telefonia,
permitindo a prestação de diversos serviços revolucionários para os assinantes.
Além disso, Israel tem uma das maiores
taxas de penetração de telefones celulares do mundo.
Os serviços postais operam em todo o país, conectando Israel à
maioria dos países no exterior. O Serviço
Filatélico já emitiu mais de 1.500 selos. Muitos artistas israelenses famosos
ajudaram a criar esses “cartões de
visita”, sendo que alguns já alcançaram o status de clássicos e são avidamente procurados por
colecionadores.
Estradas: Em um país de distâncias curtas, carros, ônibus e
caminhões são os principais meios de
transporte. Nos últimos anos, a rede de estradas tem sido amplamente expandida
e melhorada para acomodar o rápido
crescimento do número de veículos, e também para tornar acessíveis até mesmo às comunidades mais
remotas. A Rodovia Trans-Israel (Route 6) é uma
rodovia de várias pistas e a primeira estrada com pedágios do país, com
a maioria de seus 300 km previstos já
concluída, entre Be'er Sheva, ao sul, e Nahariya, ao norte. Essa estrada faz
com que seja possível evitar áreas
densamente povoadas, reduzindo assim os congestionamentos e fornecendo acesso rápido à maioria das áreas
do país.
Estradas de ferro: A Israel Railways opera serviços de passageiros
entre Tel Aviv, Jerusalém, Haifa,
Nahariya, Be'er Sheva e Dimona. Serviços de carga também operam mais ao
sul, servindo o porto de Ashdod, a
cidade de Ashkelon, e as pedreiras ao sul de Dimona. Nos últimos anos, houve um aumento no uso do
transporte ferroviário, tanto de passageiros
quanto de cargas. Para ajudar a aliviar os problemas causados pelo
aumento na densidade do tráfego
rodoviário, foram criados serviços de transporte ferroviário rápido –
utilizando trilhos atualizados – nas
áreas de Tel Aviv e Haifa, operados em coordenação com linhas alimentadoras de ônibus. Muitos vagões
ultrapassados estão sendo substituídos por carros modernos com ar-condicionado, e equipamentos
avançados de manutenção das linhas serão
colocados em operação. Em Jerusalém, um sistema de trens urbanos está em
construção.
Portos marítimos: Os antigos portos de Jaffa (Yafo), Cesareia e
Acre (Akko) foram substituídos por três
portos modernos de águas profundas em Haifa, Ashdod, e Eilat, servindo o
transporte marítimo internacional. O
porto de Haifa é um dos maiores portos de containers no Mar Mediterrâneo, bem como um movimentado
terminal de passageiros; o porto de Ashdod é
usado principalmente para o transporte de produtos industrializados; e o
porto de Eilat, no Mar Vermelho liga
Israel ao hemisfério sul e ao Extremo Oriente. Além disso, um porto para navios-tanque, em Ashkelon, recebe
carregamentos de combustível e uma instalação de descarga direta para fornecer carvão a uma
usina próxima opera em Hadera.
Reconhecendo que a localização geográfica de Israel lhe dá
potencial para se tornar um país de
conexão para passageiros e mercadorias que atravessam a região, a
Autoridade de Portos e Ferrovias
estabeleceu um plano de longo prazo para atender às necessidades de
transporte futuras. Entre outras
prioridades, o plano defende o desenvolvimento de um sistema ferroviário moderno, instalando equipamentos
de ponta em cada fase de suas operações
terrestres e marítimas e a criação de uma rede de sistemas de computador
para controlar e supervisionar todos os
seus serviços.
Aeroportos: O Aeroporto Internacional Ben-Gurion (a 25 minutos de
carro de Tel Aviv e a 50 minutos de
Jerusalém) é o maior e principal terminal aéreo de Israel. Devido ao
aumento esperado no número de chegadas e
partidas de passageiros, o aeroporto foi ampliado, com terminais novos e modernos. Voos
particulares, principalmente da Europa, e voos domésticos são atendidos pelo Aeroporto de Eilat ao sul
e por pequenos aeroportos perto de Tel Aviv, na
região central, e Rosh Pina, ao norte.
Arquitetura através dos tempos: O estilo de arquitetura urbana de
Israel é muito variável, incluindo
estruturas de séculos passados, edifícios sólidos inspirados por
arquitetos renomados pré-II Guerra
Mundial e blocos de apartamentos construídos às pressas para abrigar novos imigrantes nos primeiros anos
do Estado, bairros residenciais cuidadosamente
planejados, arranha-céus comerciais de vidro e concreto e hotéis de luxo
modernos.
VIDA
URBANA
Aproximadamente 92% dos israelenses vivem em áreas urbanas. Muitas
cidades modernas, misturando o velho e o
novo, foram construídas em locais conhecidos desde a antiguidade, entre eles Jerusalém, Safed, Be'er Sheva,
Tiberíades, e Akko.
Haifa |
264.800 |
Hadera |
78.200 |
Netanya |
179.000 |
Herzliya |
84.400 |
Ra'anana |
73.200 |
Kfar Sava |
82.900 |
Bnei Brak |
153.300 |
Petach
Tikva |
193.900 |
Ramat Gan |
134.300 |
Tel
Aviv-Yafo |
392.500 |
Bat Yam |
128.900 |
Rishon
Lezion |
226.100 |
Holon |
170.600 |
Rehovot |
108.300 |
Lod |
67.500 |
Ashdod |
209.200 |
Ashkelon |
110.400 |
Metulla |
1.500 |
Kiryat
Shmona |
22.200 |
Safed |
28.600 |
Tiberias |
39.800 |
Carmiel |
44.700 |
Nazareth |
66.400 |
Jerusalem |
763.600 |
Kiryat Gat |
47.900 |
Be'er Sheva
|
187.200 |
Eilat |
46.600 |
Outras, como Rehovot, Hadera, Petach Tikva e Rishon Lezion eram
aldeias agrícolas na era pré estado e cresceram, formando grandes centros
populacionais. Cidades em desenvolvimento,
como Carmiel e Kiryat Gat foram construídas nos primeiros anos do Estado
para acomodar o rápido crescimento
populacional gerado pela imigração em massa, bem como para ajudar a distribuir a população em todo o país e
promover uma economia rural e urbana estreitamente interligada, levando indústrias e serviços
para áreas antes desabitadas.
Jerusalém, situada nas Colinas da Judeia, é a capital de Israel, a
sede do governo e o centro histórico,
espiritual e nacional do povo judeu desde que o Rei Davi fez dela a capital do
seu reino há 3000 anos. Santificada pela
religião e tradição, por lugares santos e casas de oração, é reverenciada por judeus, cristãos e
muçulmanos em todo o mundo.
Até 1860, Jerusalém era uma cidade murada, formada por quatro
quartos – judeu, muçulmano, armênio e
cristão. Naquela época, os judeus, que até então representavam a maior parte de sua população, começaram a
construir novos bairros fora das muralhas,
formando o núcleo da Jerusalém moderna. Durante as três décadas de
administração do Mandato Britânico (1918
a 1948), a cidade transformou-se gradualmente de uma província abandonada do Império Otomano (1517 a 1917)
em uma metrópole próspera, com muitos
bairros residenciais novos, cada um refletindo a identidade do grupo
específico que ali vivia. Após o ataque
árabe contra o recém-criado Estado de Israel, a cidade foi dividida (1949)
entre os governos de Israel e da
Jordânia. Nos 19 anos seguintes, paredes de concreto e arame farpado isolaram as duas partes da cidade.
Como resultado da Guerra do Seis Dias, em 1967, a cidade foi reunificada.
Atualmente a maior cidade de Israel, Jerusalém tem uma população
de mais de 760 mil habitantes. Ao mesmo
tempo antiga e moderna, é uma cidade de diversidades, e seus habitantes representam uma mistura de
culturas e nacionalidades, de estilos de vida religiosos ao secular. É uma cidade que preserva seu
passado e constrói para o futuro, com sítios
históricos cuidadosamente restaurados, preservação das áreas verdes,
zonas comerciais modernas, parques
industriais e bairros em expansão, que atestam sua continuidade e vitalidade.
Tel Aviv-Yafo, uma cidade moderna na costa do Mediterrâneo, é o
centro comercial e financeiro de Israel,
bem como o foco de sua vida cultural. A maioria das organizações industriais tem sede na cidade, além da bolsa
de valores, grandes jornais, centros comerciais e editoras. Tel Aviv, a primeira cidade
totalmente judaica dos tempos modernos, foi fundada em 1909 como um subúrbio de Jaffa (Yafo), um dos
assentamentos urbanos mais antigos do
mundo. Em 1934, Tel Aviv recebeu o status de município e, em 1950, foi
renomeada Tel Aviv Yafo, com o novo município absorvendo a antiga Jaffa. A área
em torno do antigo porto de Jaffa foi
transformada em uma colônia de artistas e centro turístico, com galerias,
restaurantes e casas noturnas. A
"Cidade Branca" de Tel Aviv, um vasto conjunto de edifícios datados
de 1930 a 1950, no estilo modernista,
foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da
Humanidade.
Haifa, no Mar Mediterrâneo, ergue-se da costa ao longo das
encostas do Monte Carmelo. É construída
em três níveis topográficos: a cidade baixa, parcialmente em terra recuperada
do mar, é o centro comercial, com
instalações portuárias; o nível médio é uma antiga área residencial; e o nível superior consiste em
bairros modernos em rápida expansão, com ruas
arborizadas, parques e bosques com vista para as zonas industriais e
praias na costa da baía. Um porto
importante, Haifa é um foco do comércio internacional. Serve também como
centro administrativo do norte de Israel.
Safed (Tzfat), construída no alto das montanhas da Galileia, é um
resort e local turístico popular no
verão, com um bairro de artistas e várias sinagogas centenárias. No século
16, Safed era o mais importante centro
de estudo e criatividade judaica no mundo – ponto de encontro de rabinos, eruditos e místicos que
estabeleceram leis e preceitos religiosos, muitos dos quais são seguidos por judeus até hoje.
Tiberíades, na margem do Lago Kineret (Mar da Galileia), é famosa
por suas fontes termais medicinais. Hoje
a cidade é um movimentado centro turístico, onde vestígios arqueológicos
do passado misturam-se a casas e hotéis
modernos. Fundada no século I e batizada em
homenagem ao imperador romano Tibério, tornou-se um centro de erudição
judaica e a sede de uma famosa academia
rabínica.
Be'er Sheva, no norte do Neguev, está localizada no cruzamento de
rotas que levam ao Mar Morto e Eilat. É
uma cidade nova, construída sobre um local antigo, que remonta à era dos Patriarcas, aproximadamente 3.500 anos atrás.
Chamada de “Capital do Neguev”, Be'er Sheva
é um centro administrativo e econômico, com escritórios do governo
regional e instituições de saúde,
educação e cultura que servem todo o sul de Israel.
Eilat, a cidade mais austral do país, é o acesso de Israel para o
Mar Vermelho e o Oceano Índico. Seu
porto moderno, que se acredita estar localizado no mesmo local de um porto
da época do rei Salomão, gerencia o
comércio de Israel com a África e o Extremo Oriente. Invernos quentes, cenários subaquáticos
espetaculares, praias requintadas, esportes
aquáticos, hotéis de luxo e acesso fácil da Europa, através de voos
fretados diretos, fizeram de Eilat uma
próspera estância turística durante todo o ano. Desde o estabelecimento da
paz entre Israel e Jordânia (1994),
projetos de desenvolvimento conjunto com a cidade vizinha de Aqaba foram iniciados, principalmente para
impulsionar o turismo na área.
VIDA
RURAL
Aproximadamente 8% da população de Israel vive em áreas rurais, em
aldeias, e em duas estruturas de
cooperação exclusivas do país, o kibutz e o moshav, desenvolvidas no início
do século XX.
Aldeias de vários tamanhos são habitadas principalmente por árabes
e drusos (que representam 1,7% da
população de Israel). A terra e as casas são de propriedade privada, e os agricultores cultivam e comercializam seus
produtos individualmente. Uma minoria no setor
árabe, os beduínos árabes (estimados em 250.000 pessoas),
tradicionalmente nômades, estão passando
por um processo de urbanização, refletindo a transição de uma sociedade
tradicional para um estilo de vida moderno
e estacionário.
O kibutz é uma unidade social e econômica autossuficiente, em que
as decisões são tomadas por seus
membros, e cujos bens e meios de produção são de propriedade coletiva. Hoje
1,7% da população vive em 267 kibutzim.
Os membros trabalham em diferentes áreas da economia
do kibutz: Tradicionalmente a base da agricultura de Israel, os
kibutzim estão cada vez mais envolvidos
na indústria, turismo e serviços. Muitos kibutzim têm modificado sua
abordagem coletiva tradicional e estão
em vários estágios de privatização.
O moshav é um assentamento rural em que cada família mantém sua
própria fazenda e casa. No passado, a
cooperação incluía compras e comercialização; hoje, os agricultores dos moshavim preferem ser mais independentes
economicamente. 441 moshavim e moshavim
shitufi'im representam aproximadamente 3,5% da população e fornecem
grande parte da produção agrícola de
Israel.
O yishuv kehilati (assentamento comunitário) é uma nova forma de
assentamento rural. Cada uma das 107 comunidades
existentes é composta por centenas de famílias. Embora a vida econômica de cada família seja completamente
independente e a maioria dos membros
trabalhe fora da comunidade, o nível de participação voluntária dos
membros na vida da comunidade é muito
alto.
O instituição central de governo é a Assembleia Geral, composta
pelos chefes de cada família, que define
e passa o orçamento da comunidade em sua reunião anual. Ao lado de comitês
de gestão e supervisão, vários grupos de
trabalho lidam com áreas como educação, cultura, juventude, finanças e assim por diante. Uma
secretaria coordena os assuntos diários da
comunidade de acordo com as decisões dos órgãos eleitos. Novos membros
são aceitos apenas com a aprovação da
comunidade.
O POVO
Israel abriga uma população amplamente diversificada, de várias
origens étnicas, religiosas, culturais e
sociais. Uma sociedade nova com raízes antigas, ainda está se estabilizando
e evoluindo. De seus 7,6 milhões de
pessoas, 75,5% são judeus, 20,2% são árabes (em sua maioria muçulmanos) e os 4,3% restantes
compreendem drusos, circassianos, e outros
habitantes não classificados por religião. A sociedade é relativamente
jovem e é caracterizada por seu
compromisso social e religioso, ideologia política, desenvoltura econômica
e criatividade cultural, fatores que
contribuem para seu desenvolvimento contínuo.
... Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! (Salmos
133:1)
SOCIEDADE
JUDAICA
Um longo
caminho de volta
Após a expulsão da maioria dos judeus da terra de Israel, há
aproximadamente 2.000 anos, eles se
dispersaram em outros países, principalmente na Europa, no Norte da África e
no Oriente Médio. Ao longo dos séculos,
eles estabeleceram grandes comunidades judaicas em terras próximas e distantes, onde
experimentaram longos períodos de crescimento e
prosperidade, mas também foram, por vezes, alvo de discriminação,
ataques brutais e expulsões totais ou
parciais. Cada onda de perseguição e violência fortalecia sua crença no conceito de "reunião dos exilados"
e inspirava indivíduos e grupos a retornar à sua pátria ancestral. O movimento Sionista, fundado no
final do século XIX, transformou o conceito em
um modo de vida, e o Estado de Israel o transformou em lei, concedendo
cidadania a qualquer judeu que deseja se
estabelecer no país.
Formação de
uma nova sociedade
A base política, econômica e cultural da sociedade judaica
contemporânea de Israel foi formada em
grande parte durante o período de domínio britânico (1917 a 1948).
Motivada ideologicamente pelo Sionismo,
a comunidade judaica na Terra de Israel desenvolveu instituições sociais e políticas que exerciam
autoridade sem soberania, com todos os escalões
mobilizados para a consolidação e o crescimento. O voluntariado foi sua
estrutura política, o igualitarismo sua
cola social.
A conquista da independência política e a imigração em massa que
se seguiu dobraram a população judaica
de Israel, de 650.000 a aproximadamente 1,3 milhões nos primeiros quatro anos de existência do estado (1948 a 1952),
mudando a estrutura da sociedade israelense. O
agrupamento social resultante era composto por dois elementos
principais: a maioria, composta pela
comunidade Sefaradi já estabelecida, colonos Asquenazi veteranos e sobreviventes do Holocausto; e uma grande
minoria de imigrantes judeus recentes, dos países islâmicos do Norte de África e do Oriente
Médio. Enquanto a maioria da população pré-estado estava comprometida com fortes convicções
ideológicas, um espírito pioneiro, e um modo de
vida democrático, muitos dos judeus que viveram durante séculos em
terras árabes aderiam a uma organização
social patriarcal, e tiveram dificuldades em integrar-se à sociedade de Israel
e sua economia em desenvolvimento.
No final dos anos 1950, os dois grupos coexistiam praticamente sem
interação social e cultural. Os judeus
do Norte da África e do Oriente Médio expressavam sua frustração e alienação
em protestos contra o governo, que, na
década de 1960 e 1970, viraram exigências por uma maior participação política, alocação de recursos
compensatórios e ações efetivas para ajudar a
reduzir as diferenças entre eles e os israelenses mais antigos. Além das
tensões geradas pela diversidade de sua
população ao longo dos anos, a sociedade israelense também teve de lutar pela independência econômica e defender-se
contra ações beligerantes dos árabes do outro
lado da fronteira. Ainda assim, os denominadores comuns da religião, da
memória histórica, e
da coesão nacional dentro da sociedade judaica mostraram-se fortes
o suficiente para superar os
desafios.
Continuação
da imigração
Ao longo dos anos, Israel continuou a receber novos imigrantes em
maior ou menor número, provenientes dos
países livres do mundo ocidental, bem como de áreas de perigo. A onda de imigração em massa mais recente foi composta
por membros da grande comunidade judaica
da antiga União Soviética, que lutaram durante anos pelo direito de emigrar
para Israel.
Embora aproximadamente 100.000 tenham chegado na década de 1970,
desde 1989 mais de um milhão se
instalaram no país. Entre eles, estavam muitos profissionais altamente qualificados e cientistas, artistas e músicos
famosos, cujos conhecimentos e talentos
contribuem significativamente para a vida econômica, científica,
acadêmica e cultural de Israel.
As décadas de 1980 e 1990 testemunharam a chegada de duas
migrações maciças da antiga comunidade
judaica da Etiópia. Segundo a crença popular, a comunidade existia na
região desde a época do rei Salomão.
Embora a transição dos 50.000 imigrantes de um ambiente africano agrário para uma sociedade ocidental
industrializada possa levar algum tempo, o
interesse de seus jovens em adaptar-se irá acelerar a absorção dessa
comunidade judaica isolada.
Diversidade
religiosa
Desde os tempos bíblicos, os judeus são um povo com uma fé
monoteísta, o judaísmo, que representa
um componente tanto religioso quanto nacional. Por volta do século XVIII,
a maioria dos judeus do mundo vivia na
Europa Oriental, onde foram confinados a guetos e tinham pouca interação com as sociedades ao
seu redor. Dentro de suas comunidades, eles
lidavam com seus próprios assuntos, aderindo ao corpo da lei judaica
(Halachá), desenvolvida e codificada por
eruditos religiosos ao longo dos séculos.
O espírito de emancipação e nacionalismo que varreu a Europa do
século XIX gerou o desenvolvimento de
uma abordagem mais liberal de educação, cultura, filosofia e teologia. Também deram origem a vários movimentos
judaicos, alguns desenvolvidos ao longo de linhas religiosas liberais, enquanto outros
defendiam ideologias nacionais e políticas. Como resultado, muitos judeus, e, finalmente, a
maioria, rompeu com a ortodoxia e seu modo de
vida, com alguns se esforçando para integrar-se completamente à sociedade
em geral.
A sociedade judaica em Israel hoje é composta por judeus
praticantes e não praticantes,
abrangendo desde os ultraortodoxos até aqueles que se consideram
seculares. No entanto, as diferenças
entre eles não são claras. Se a ortodoxia é determinada pelo grau de adesão às
leis judaicas e práticas religiosas,
então 20% dos judeus israelenses se esforçam para cumprir todos os preceitos religiosos, 60% seguem alguma
combinação das leis de acordo com
escolhas pessoais e tradições étnicas, e 20% são não praticantes. Mas
como Israel foi concebido como um Estado
judaico, o Shabat (sábado) e todas as festas judaicas e dias santos foram instituídos como feriados nacionais e
são celebrados por toda a população judaica e
observados por todos, em maior ou menor grau.
Outros indicadores do grau de adesão religiosa poderiam ser a
porcentagem de pais que optam por dar a
seus filhos uma educação religiosa ou a porcentagem dos eleitores que
votam em partidos religiosos nas
eleições nacionais. No entanto, a validade dessas estatísticas é incerta, pois pais não praticantes podem
matricular seus filhos em escolas religiosas e muitos cidadãos ortodoxos votam em partidos políticos
não religiosos.
Basicamente, a maioria pode ser caracterizada por judeus seculares
que manifestam estilos de vida modernos,
com graus variados de respeito e prática dos preceitos religiosos. Dentro
dessa maioria, muitos seguem uma forma
modificada da vida tradicional, com alguns optando por afiliar-se a uma das correntes religiosas
liberais.
Dentro da minoria observante, tanto sefaradi e asquenazi, são
muitos os que aderem a um modo de vida
religioso, regulado pela lei religiosa judaica, e participam da vida nacional
do país. Eles consideram o estado
judaico moderno como o primeiro passo para a vinda do Messias e a redenção do povo judeu na Terra
de Israel.
Em contraste, alguns dos judeus ultraortodoxos acreditam que a
soberania judaica na Terra pode ser
restabelecida somente após a vinda do Messias. Mantendo estrita observância à
lei religiosa judaica, eles residem em
bairros separados, têm suas próprias escolas, vestem roupas tradicionais, mantêm papéis distintos para
homens e mulheres e um estilo de vida
estritamente definido.
Dinâmica
entre judeus
Como não há separação clara entre religião e Estado, uma questão
comunitária central é a medida que
Israel deve manifestar sua identidade religiosa judaica. Embora o segmento ortodoxo deseje aumentar a legislação
religiosa além do escopo pessoal, sobre o qual tem competência exclusiva, o setor não praticante
considera isso uma coerção religiosa e uma
violação da natureza democrática do Estado. Uma das questões atuais diz
respeito aos elementos necessários para
definir uma pessoa como judeu. O setor ortodoxo defende a determinação de um judeu como uma pessoa
nascida de mãe judia ou convertida em estrita
conformidade com a lei judaica, enquanto os judeus seculares geralmente
apoiam uma definição com base no
critério civil da identificação de um indivíduo com o judaísmo. Esses conflitos de interesse deram origem a uma
busca por meios legais para definir a demarcação entre religião e Estado. Até que uma solução
global seja encontrada, a autoridade reside em
um acordo verbal, firmado na véspera da independência de Israel e
conhecido como status quo, que estipula
que nenhuma alteração fundamental seria feita no status da religião.
Sociedade do
kibutz
Um modelo social e econômico único, baseado em princípios
igualitários e comunais, o kibutz surgiu na sociedade pioneira do país, no
início do século XX e transformou-se em uma forma permanente de vida rural. Ao longo dos anos,
estabeleceu uma economia próspera, no início
essencialmente agrícola e mais tarde aumentada com indústrias e
serviços, e distinguiu-se com
as
contribuições de seus membros para a criação e construção do Estado.
No período de pré-Estado de Israel e durante os primeiros anos de
existência do Estado, o kibutz assumiu
funções centrais no assentamento, imigração e defesa, mas quando elas foram
transferidas para o governo, a interação entre o kibutz e o
restante de Israel foi reduzida. Sua
centralidade como uma vanguarda para o desenvolvimento social e
institucional diminuiu e, desde 1970, o
mesmo ocorreu com sua força política, que nos primeiros dias era refletida
em uma representação excessiva. No
entanto, a participação dos kibutzim na produção nacional continuou a ser significativamente maior do
que sua proporção na população.
Nas últimas décadas o kibutz tornou-se mais introspectivo,
enfatizando as realizações individuais e
o crescimento econômico. Em muitos kibutzim, a ética de trabalho do “faça
você mesmo” tornou-se menos rígida e o
tabu sobre o trabalho contratado enfraqueceu.
Atualmente, um número maior de trabalhadores assalariados está sendo
empregado nos kibutzim. Ao mesmo tempo,
um número crescente de membros dos kibutzim trabalha fora do kibutz, com seu salário sendo agregado à
renda do kibutz.
O kibutz de hoje é a realização de três gerações. Os fundadores,
motivados por convicções fortes e uma
ideologia definitiva, formaram uma sociedade com estilo de vida
diferenciado. Seus filhos, nascidos na
estrutura social existente, trabalharam duro para consolidar a base econômica, social e administrativa de sua
comunidade. A atual geração, que cresceu em uma
sociedade bem estabelecida, enfrenta os desafios da vida contemporânea.
Hoje, há muita discussão a respeito da
natureza futura do relacionamento e responsabilidade mútua entre o indivíduo e a comunidade do kibutz, bem como
sobre as ramificações dos recentes
desenvolvimentos em tecnologia e comunicações para a sociedade.
Alguns temem que, ao adaptar-se às novas circunstâncias, o kibutz
está se afastando perigosamente de seus
princípios e valores originais. Outros acreditam que essa capacidade de adaptação é a chave para a sobrevivência.
COMUNIDADES
MINORITÁRIAS
Cerca de 1,8 milhões de pessoas, representando aproximadamente 24%
da população de Israel, são não judeus.
Embora definidos coletivamente como cidadãos árabes de Israel, incluem vários grupos diferentes,
principalmente de língua árabe, cada um com características distintas.
Os árabes muçulmanos, mais de 1,2 milhões de pessoas, em sua
maioria sunitas, reside principalmente
em pequenas cidades e aldeias, mais da metade delas no norte do país.
Os beduínos árabes, também muçulmanos (estimados em
aproximadamente 250.000), pertencem a
aproximadamente 30 tribos, a maioria espalhada em uma ampla área no sul e alguns ao norte. Antes pastores nômades, os beduínos
estão em transição de uma estrutura
social tribal para uma sociedade permanente e estão gradualmente se
incorporando à força de trabalho de
Israel.
Cerca de 123.000 árabes cristãos vivem principalmente em áreas
urbanas, incluindo Nazaré, Shfar'am, e
Haifa. Apesar de muitas denominações serem representadas nominalmente, a maioria está afiliada às igrejas Católica
Grega, Ortodoxa Grega e Católica Romana.
Os drusos, aproximadamente 122.000 pessoas de idioma árabe que
vivem em 22 aldeias no norte de Israel,
constituem uma comunidade cultural, social e religiosa separada. Embora a religião drusa não seja acessível para
estrangeiros, um aspecto conhecido de sua filosofia é o conceito de taqiyya, que exige a lealdade
completa de seus adeptos ao governo do país em
que residem.
Os circassianos, aproximadamente 4.000 pessoas concentradas em
duas aldeias do norte, são muçulmanos
sunitas, embora não compartilhem a origem árabe nem a formação cultural da comunidade islâmica em geral. Mantendo uma identidade
étnica distinta, participam nos assuntos
econômicos e nacionais de Israel sem serem assimilados pelas sociedades judaica
ou muçulmana.
Pluralismo e segregação: Sendo uma sociedade
multiétnica, multicultural, multirreligiosa e
multi-idiomática, Israel tem um alto nível de padrões de segregação
informal. Embora os grupos não sejam
separados por uma política oficial, uma série de setores diferentes dentro
da sociedade são segregados de certa
forma e mantêm sua forte identidade cultural, religiosa, ideológica e/ou étnica.
No entanto, apesar de um grau bastante
elevado de segmentação social, alguma disparidade econômica e uma vida política muitas vezes
superaquecida, a sociedade é relativamente
equilibrada e estável. O baixo nível de conflito social entre os
diferentes grupos, apesar de um
potencial de inquietação social, pode ser atribuído aos sistemas
judicial e político do país, que
representam a total igualdade jurídica e cívica.
Assim, Israel não é uma sociedade
miscigenada, mas sim um mosaico composto de diferentes grupos populacionais que convivem em um
Estado democrático.
Vida nas
comunidades árabes
As migrações árabes para dentro e fora do país flutuam em resposta
às condições econômicas. No final do
século XIX, quando a imigração judaica estimulou o crescimento econômico, muitos árabes foram atraídos para a área em
busca de oportunidades de emprego, salários
mais altos e melhores condições de vida.
A maioria da população árabe de Israel vive em suas próprias
cidades e aldeias na Galileia, incluindo
a cidade de Nazaré, na área central entre Hadera e Petach Tikva, no Neguev, e
em centros urbanos mistos, como
Jerusalém, Akko (Acre), Haifa, Lod, Ramle e Yafo (Jaffa).
A comunidade árabe de Israel constitui principalmente um setor da
classe trabalhadora em uma sociedade de
classe média, um grupo politicamente periférico num estado altamente centralizado e uma minoria de língua árabe em
meio à maioria hebraica. Praticamente não
assimilados, a identidade distinta da comunidade é facilitada
através do uso da língua árabe, a
segunda língua oficial de Israel; um sistema escolar árabe/druso
separado; mídia, literatura e teatro
árabes; e a manutenção de tribunais independentes para muçulmanos, drusos
e cristãos que julgam assuntos do âmbito
pessoal.
Embora os costumes do passado ainda façam parte da vida diária, o
enfraquecimento gradual da autoridade
tribal e patriarcal, os efeitos da escolaridade obrigatória e a participação
no processo democrático de Israel estão
afetando rapidamente as perspectivas e estilos de vida tradicionais. Simultaneamente, o status das
mulheres árabes israelenses tem sido
significativamente liberalizado pela legislação, que estipula direitos
iguais para mulheres e a proibição da
poligamia e do casamento de crianças.
O envolvimento político do setor árabe se manifesta nas eleições
nacionais e municipais. Cidadãos árabes
dirigem os assuntos políticos e administrativos de seus municípios e representam os interesses árabes através de
seus representantes eleitos no Knesset
(parlamento de Israel), que podem operar na arena política para promover
o status dos grupos minoritários e sua
parcela de benefícios nacionais.
Desde o estabelecimento de Israel (1948), os cidadãos árabes têm
dispensa do serviço obrigatório nas
Forças de Defesa de Israel (IDF), em consideração a seus vínculos
familiares, religiosos e culturais com o
mundo árabe (que submeteu Israel a ataques frequentes), bem como por preocupação com uma possível dupla
lealdade. Ao mesmo tempo, o serviço militar
voluntário é encorajado, e alguns árabes escolhem essa opção a cada ano.
Desde 1957, a pedido dos líderes de suas
comunidades, o serviço na IDF é obrigatório para homens drusos e circassianos, e o número de beduínos que
entram voluntariamente na carreira militar aumenta de forma constante.
Dinâmica
árabe-judaica
Os cidadãos árabes, que constituem mais de um sexto da população
de Israel, existem à margem dos mundos
conflitantes de judeus e palestinos. No entanto, embora seja um segmento do povo árabe em sua cultura e
identidade e questione a identificação de Israel como Estado judeu, eles veem seu futuro
ligado a Israel. No processo, adotaram o hebraico como segunda língua e a cultura israelense
como uma camada extra em suas vidas. Ao mesmo
tempo, eles se esforçam para atingir um maior grau de participação
na vida nacional, uma maior integração
na economia e mais benefícios para suas próprias cidades e aldeias.
O desenvolvimento de relações intergrupais entre árabes e judeus
de Israel é dificultado por diferenças
profundamente enraizadas na religião, nos valores e nas crenças políticas.
No entanto, embora coexistam como duas
comunidades segregadas, eles têm começado a aceitar uns aos outros ao longo dos anos, reconhecendo
a singularidade e as aspirações de cada
comunidade.
LIBERDADE
RELIGIOSA
A Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel (1948) garante
a liberdade religiosa para todos. Cada
comunidade religiosa é livre, por lei e na prática, para exercer sua fé,
observar seus feriados e dia semanal de
descanso e para administrar seus assuntos internos. Cada uma tem seu próprio conselho religioso e
tribunais, reconhecidos por lei e com jurisdição sobre todas as questões religiosas e assuntos de
âmbito pessoal, como casamento e divórcio. Cada
um tem seus lugares especiais de culto, com os ritos tradicionais e
formas arquitetônicas desenvolvidas ao
longo dos séculos.
Sinagoga: O culto judaico ortodoxo tradicional requer um minian
(quórum de 10 homens adultos). As
orações acontecem três vezes ao dia. Homens e mulheres são geralmente sentados separadamente, e as cabeças são
cobertas. Os serviços podem ser conduzidos por
um rabino, cantor, ou congregante. O rabino não é um sacerdote ou um
intermediário de Deus, mas um professor.
O ponto focal na sinagoga é a Arca Sagrada, que é voltada para o Monte do Templo em Jerusalém e contém os
rolos da Torá. Uma porção semanal determinada
é lida ciclicamente ao longo do ano. Os serviços são particularmente
festivos no Shabat (sábado, dia de
descanso judaico) e em feriados.
Mesquita: As orações muçulmanas ocorrem cinco vezes ao dia. Homens
e mulheres rezam separadamente. Os
sapatos são removidos e uma ablução ritual pode ser realizada. Os muçulmanos rezam voltados para Meca, na
Arábia Saudita, cuja direção é indicada por um
mihrab (nicho) na parede da mesquita. Os serviços são executados por um
imã, um líder de oração muçulmano. Na sexta-feira,
o tradicional dia de descanso muçulmano, um sermão público pode ser pregado.
Igreja: A forma e frequência dos serviços cristãos variam de
acordo com a denominação, mas todas
observam o domingo como dia de descanso, com rituais especiais. Os serviços
são realizados por um padre ou ministro.
Homens e mulheres rezam juntos. Os serviços são muitas vezes acompanhados por música e canto coral.
Tradicionalmente, as igrejas são em forma de
cruz.
Lugares
sagrados
Cada local e santuário é administrado por sua própria autoridade
religiosa e a liberdade de acesso e de
culto é garantida por lei.
Os principais
lugares sagrados são:
Judaicos: O Kotel de Jerusalém (Muro das Lamentações), último
remanescente da muralha do Monte do
Templo desde o período do Segundo Templo; o Túmulo de Raquel, perto de
Belém; o Túmulo dos Patriarcas na
Caverna da Machpelá, em Hebron; os túmulos de Maimônides (Rambam) em Tiberíades e do rabino Shimon Bar
Yohai em Meron.
Islâmicos: O complexo de edifícios Haram a-Sharif, no Monte do
Templo, incluindo o Domo da Rocha e a
Mesquita de Al-Aksa, em Jerusalém; o Túmulo dos Patriarcas, em Hebron; a Mesquita de El-Jazzar, em Akko.
Cristãos: A Via Dolorosa, a Sala da Última Ceia, a Igreja do Santo
Sepulcro e outros locais da paixão e
crucificação de Jesus, em Jerusalém; a Igreja da Natividade, em Belém; a Igreja
da Anunciação, em Nazaré; o Monte das
Bem-Aventuranças, Tabgha e Cafarnaum, perto do Mar da Galileia (Lago Kineret).
Drusos: Nebi Shueib (o túmulo de Jetro, sogro de Moisés), perto
dos Chifres de Hattin, na Galileia.
Baha'i (religião independente fundada na Pérsia durante o século
XIX): O Centro Mundial Baha'i, o
Santuário do Báb, em Haifa; o Santuário de Baha'ullah, profeta fundador da fé
Bahá'i, perto de Akko.
SAÚDE E
ASSISTÊNCIA SOCIAL
O alto padrão dos serviços de saúde de Israel, seus recursos e
pesquisas médicos de alta qualidade,
hospitais modernos e uma proporção impressionante de médicos e especialistas
na população explicam a baixa taxa de mortalidade
infantil (4,7 a cada 1.000 partos) e alta
expectativa de vida (82,5 anos para as mulheres e 78,8 para os homens).
O atendimento médico de todos, da
infância à terceira idade, é garantido por lei e os gastos nacionais com saúde são favoráveis, em comparação com
outros países desenvolvidos.
Todo Israel é
responsável um pelo outro. (Talmude da Babilônia, Shavuot 39a)
SERVIÇOS DE
SAÚDE
Uma tradição antiga: No século XIX, doenças
como disenteria, malária, tifo e tracoma eram
comuns na Terra de Israel, uma parte remota e esquecida do Império
Otomano. Para oferecer atendimento
médico à população judaica da Cidade Antiga de Jerusalém, algumas clínicas estabelecidas por comunidades judaicas
europeias ofereciam atendimento gratuito para os necessitados, tornando-se famosas por sua
dedicação em circunstâncias difíceis. Essas clínicas cresceram e transformaram-se em hospitais:
Bikur Holim (fundado em 1843), Misgav Ladach
(1888), e Shaare Zedek (1902), todos em funcionamento até hoje,
oferecendo atendimento e tecnologia
avançados. O centro médico universitário Hadassah, em Jerusalém, com escolas
de medicina, enfermagem e farmácia, além
de dois modernos hospitais, tem sua origem em duas enfermeiras enviadas a Jerusalém em 1913 pela
Hadassah, Organização das Mulheres Sionistas
da América.
Imagem cedida
pelo Hospital Shaare Zedek
A base do sistema de saúde, que inclui uma rede de atendimento
médico preventivo, diagnósticos e
tratamento, foi criada durante o período pré-Estado, pela comunidade judaica
e autoridades do Mandato Britânico, que
administrou o país entre 1918 e 1948.
Assim, quando o Estado de Israel foi criado, uma estrutura médica
bem desenvolvida já existia, a
imunização era um procedimento comum e os modelos para a melhoria das
condições ambientais estavam em
operação. Ainda assim, nos primeiros anos do Estado, a assistência médica teve de abordar novamente problemas
que já haviam sido superados, para lidar com
as necessidades de centenas de milhares de refugiados da Europa
pós-guerra e de países árabes. Esse
desafio foi superado com um grande esforço nacional, envolvendo
atendimentos especiais e um plano
ambicioso de educação sobre saúde e medicina preventiva.
A população do país é atendida por uma rede médica extensa,
composta por hospitais, clínicas e
centros de medicina preventiva e reabilitação. O atendimento hospitalar
inclui procedimentos e técnicas
avançados, como fertilização in vitro, ressonância magnética, neurocirurgias e transplantes de órgãos e
medula óssea.
Centros de atendimento mãe-filho, para mulheres grávidas e
crianças recém-nascidas, oferecem exames
pré-natais, diagnóstico rápido de deficiências físicas e mentais,
imunizações, check-ups pediátricos e
educação sobre saúde.
Administração
e estrutura
O Ministério da Saúde é responsável por todos os serviços de
saúde. Ele prepara a legislação e
supervisiona sua implantação, controla os padrões médicos nacionais,
mantém os padrões de qualidade de
alimentos e remédios, emite licenças para profissionais da área, promove a pesquisa médica, avalia os serviços de saúde
e supervisiona o planejamento e a construção de
hospitais. O ministério também age como órgão de saúde pública para
medicina ambiental e preventiva.
Profissionais
da saúde
Há aproximadamente 32.000 médicos, 9.000 dentistas e 6.000
farmacêuticos em Israel, trabalhando em
equipes de hospitais e clínicas, além de consultórios particulares. Cerca
de 72% dos 54.000 enfermeiros do país
são registrados, enquanto o restante trabalha como auxiliar de enfermagem.
O treinamento para as profissões médicas é oferecido por quatro
escolas de medicina, duas escolas de
odontologia, duas de farmácia e 15 escolas de enfermagem, das quais sete oferecem diplomas acadêmicos. Os cursos de
fisioterapia, terapia ocupacional e nutrição, além de cursos técnicos em radiologia e exames
laboratoriais, são ofertados por várias instituições.
Magen David Adom, o serviço de emergências
médicas de Israel, oferece uma rede de
prontos-socorros, um programa nacional de doação de sangue, bancos de
sangue, cursos de primeiros-socorros e
um serviço público de ambulâncias, incluindo UTIs móveis. A organização conta com o apoio de 10.000 voluntários,
incluindo vários alunos do ensino médio,
trabalhando em 109 postos em todo o país.
Seguro-saúde
A Lei Nacional dos Seguros oferece uma cesta básica de serviços
médicos, incluindo internação
hospitalar, para todos os residentes de Israel. Os serviços médicos são
oferecidos através de quatro esquemas de
seguro-saúde do país, obrigados a aceitar segurados sem restrição por idade ou estado de saúde.
As principais fontes de financiamento são o imposto mensal do
seguro-saúde, de até 4,8% da renda,
cobrado pelo Instituto Nacional de Seguros, e a participação das empresas nos
custos do seguro de seus funcionários.
Os esquemas de seguro são reembolsados de acordo com a média ponderada do número de participantes,
calculados por idade, distância entre a
residência e as instalações médicas e outros critérios determinados pelo
Ministério da Saúde.
TURISMO MÉDICO: Israel tornou-se um destino
popular para pacientes de todo o mundo com
doenças crônicas como reumatismo, psoríase e asma. Muitos recebem
tratamentos especiais nas águas termais
de Tiberíades, nas águas minerais do Mar Morto ou no clima seco de Arad, cidade moderna no deserto de Negev.
Problemas de
saúde
Os problemas de saúde comuns em Israel são semelhantes aos do
mundo ocidental. Como doenças cardíacas
e o câncer são responsáveis por dois terços das mortes, o estudo dessas doenças é uma prioridade nacional. Outras
preocupações são o atendimento geriátrico, os
problemas criados pelas mudanças ambientais e as condições criadas pela
vida moderna, além
de acidentes de trânsito e do trabalho. Programas de educação
sobre saúde são amplamente divulgados
para informar a população sobre o perigo do fumo e da obesidade, além da falta
de exercícios, que trazem prejuízos à
saúde. Também há campanhas frequentes para
conscientizar trabalhadores e motoristas sobre riscos potenciais.
PESQUISA
MÉDICA
Imagem cedida
pelo Hospital Shaare Zedek
A boa infraestrutura de pesquisa médica e paramédica de Israel e
sua capacidade de bioengenharia
possibilitam uma série de investigações médicas.
As pesquisas são realizadas pelas escolas de medicina e por várias
instituições e laboratórios do governo,
além dos departamentos de P&D de empresas dos setores farmacêutico, de bioengenharia, de alimentos e de equipamentos
médicos. As instalações de alto nível do país
são reconhecidas em todo o mundo, mantendo-se contato regular com as
principais escolas de medicina e centros
de pesquisa científica do exterior. Israel costuma receber conferências internacionais sobre diversos assuntos
médicos.
Tecnologia
médica
A tecnologia sofisticada é parte essencial dos procedimentos
atuais de diagnóstico e tratamento. Uma
grande cooperação entre as instituições de pesquisa e as indústrias levou
a grandes progressos no desenvolvimento
de equipamentos médicos especializados. São
exportados para todo o mundo, entre outros, tomógrafos e aparelhos
computadorizados israelenses, essenciais
para um diagnóstico e tratamento eficaz em situações críticas. Israel foi pioneiro no desenvolvimento e uso de
instrumentos cirúrgicos a laser, além de diversos equipamentos médicos eletrônicos, incluindo
sistemas de monitoramento computadorizado e
outros aparelhos que salvam vidas e aliviam a dor.